Atividade quimiopreventiva do ácido fólico quando suplementado continuamente durante as etapas iniciais da hepatocarcinogênese em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Chagas, Carlos Eduardo Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-12052010-143542/
Resumo: A ingestão de folato é inversamente associada com o risco de diversos cânceres. Apesar da deficiência dessa vitamina ser classicamente considerada fator de risco para câncer de fígado, não existem estudos avaliando o efeito da suplementação com ácido fólico (AF) durante as etapas iniciais da hepatocarcinogênese. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da suplementação com AF continuamente durante as etapas de iniciação e seleção/promoção da hepatocarcinogênese em ratos. Os animais receberam diariamente 0,08 mg (grupo AF8) ou 0,16 mg (grupo AF16) de AF/100 g de peso corpóreo ou água (grupo controle [GC]). Após duas semanas de tratamento, todos os animais foram submetidos ao modelo de hepatocarcinogênese do &#8220;Hepatócito Resistente&#8221; (iniciação com dietilnitrosamina, seleção/promoção com 2-acetilaminofluoreno e hepatectomia parcial a 70%). A eutanásia dos animais ocorreu após 8 semanas de tratamento. Quando comparado ao GC, o grupo AF16, mas não o AF8, apresentou menores nódulos macroscópicos (p<0,05), menor (p<0,05) número de lesões pré-neoplásicas (LPN) persistentes, maior (p<0,05) número de LPN em remodelação, menor (p<0,05) proliferação celular nas LPN persistentes, menos (p<0,05) danos no DNA hepático e tendência (p<0,10) a apresentar menor expressão de c-myc em LPN microdissecadas. Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos experimentais com relação à indução de apoptose nas LPN persistentes e em remodelação bem como no padrão de metilação global do DNA em LPN microdissecadas. Em resumo, a suplementação com AF durante as etapas iniciais da hepatocarcinogênese resultou em atividade quimiopreventiva de forma dose-efeito. Alteração no fenótipo das LPN, inibição de danos no DNA hepático e da expressão de c-myc representam relevantes efeitos celulares e moleculares dessa vitamina.