Avaliação da resposta terapêutica do tratamento endovascular percutâneo da estenose da veia porta após transplante hepático em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Machado, Alexandre de Tarso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-28022013-144813/
Resumo: Complicações vasculares do transplante hepático podem causar alterações de perfusão e drenagem do enxerto com prejuízo à sua função, comprometendo a qualidade de vida e a sobrevida do receptor. A angioplastia transluminal percutânea é uma opção de tratamento para estas complicações. No entanto, pela falta de trabalhos dedicados para população pediátrica, não há consenso sobre sua segurança em longo prazo e qual técnica seria a mais adequada. Este estudo teve como objetivo avaliar a resposta terapêutica do tratamento endovascular percutâneo da estenose de veia porta em crianças submetidas ao transplante de fígado. Entre agosto de 2000 e agosto de 2009, foram realizados 254 transplantes hepáticos no Instituto da Criança Professor Pedro de Alcântara do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Quinze delas (5,9%; 15/254) desenvolveram estenose de veia porta com indicação de tratamento. O diagnóstico da lesão foi confirmado pela ultrassonografia em todos os casos. O tratamento da estenose consistiu inicialmente na angioplastia com balão por acesso transparietohepático ao sistema porta, sendo o implante de stent indicado nos casos de estenose residual maior que 30%, ou na recidiva da estenose. A idade média do grupo tratado foi de 4,5 anos ± 2,9 anos (mediana de 3,6 anos) e o peso médio, de 15,3 kg ± 5,7 kg (mediana de 14,6 kg). Dez pacientes (66,7%; 10/15) foram tratados com sucesso por uma única sessão de angioplastia com balão. Outra criança (1/15; 6,7%) foi tratada com sucesso por implante de stent indicado pela estenose residual > 30% após a tentativa de tratamento com balão numa mesma sessão. Outras quatro, inicialmente tratadas por angioplastia com balão (26,7%; 4/15), evoluíram com recidiva da estenose após 19 dias, 2 meses, 8 meses e 2 anos do tratamento e foram submetidas a nova angioplastia, desta vez com implante de stent. O tempo médio de seguimento foi de 7,4 anos ± 2,6 anos (mediana de 7,9 anos) com taxa de perviedade primária foi de 73,3% (11/15) e taxa de perviedade primária assistida, obtida pela reintervenção precoce da re-estenose da veia porta antes de sua obstrução, de 100%. A angioplastia com balão da estenose de veia porta após transplante hepático em crianças demonstrou ser um método seguro e efetivo neste grupo de pacientes no seguimento avaliado. Os casos tratados com stent apresentaram índices semelhantes de segurança e sucesso terapêutico