Os projetos do Banco Mundial: escolhas limitadas pelo sistema doméstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza Júnior, José Maria de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-09122019-173159/
Resumo: Esta Tese tem como objetivo investigar a pertinência das Organizações Internacionais Governamentais no sistema internacional contemporâneo por meio da difusão de suas políticas em Estados nacionais. Para isso, analisa os projetos do Banco Mundial na reforma do ensino superior de Argentina e Chile na década de 1990. A análise da política e do contexto de ensino superior dos dois países é feita desde meados da década de 1970 para compreender os processos que antecederam as propostas de reforma do Banco em conjunto com as burocracias governamentais de cada um deles. A metodologia de máxima semelhança é utilizada para comparar os casos pelas seguintes razões: são países da mesma região, culturalmente próximos e que viviam regimes militares com alta ingerência nas políticas de ensino superior. Ambos países passaram por transições democráticas entre a década de 1980 e 1990 e, posteriormente, fizeram parceria com o Banco Mundial para o ensino superior. No caso da Argentina, o projeto de reforma alterou algumas dinâmicas universitárias, mas não modificou estruturalmente o ensino superior do país. Já no Chile, o Banco e o governo formaram parceria duradoura e as políticas de ensino superior defendidas pelo Banco modificaram significativamente o setor no país ao longo de três projetos de cooperação consecutivos. A partir das abordagens teóricas utilizadas, percebe-se que o ambiente doméstico é crucial para o sucesso da difusão de políticas feitas pelas Organizações Internacionais Governamentais. Não obstante, no processo da difusão das políticas há uma configuração de fatores internos e externos que influenciam a aderência das políticas difundidas no Estado que as recebe. Isso representa um contexto de escolhas, porém limitadas, para os atores domésticos na tomada de decisão de políticas.