Análise configuracional das proximidades em alianças de inovação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Salvini, Jessâmine Thaize Sartorello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-23112020-111508/
Resumo: As alianças se tornaram fatores críticos para o desenvolvimento da inovação. Contudo, a falta de proximidade entre os parceiros, que vai além do posicionamento geográfico, envolvendo aspectos cognitiva, social, organizacional e institucional, pode influenciar os resultados das empresas. Apesar desse entendimento, faltam estudos que avaliem a configuração e a dinamicidade das proximidades em alianças de inovação. Nesse caminho, propomos, com este trabalho compreender como a inter-relação das proximidades influencia as alianças de inovação. Para perscrutarmos esse caminho, investigamos as configurações, o dinamismo e mecanismos de compensação das proximidades em alianças de inovação exploration (acesso a novos conhecimentos) e exploitation (reforço ao conhecimento existente). A partir de uma abordagem qualitativa, o estudo foi dividido em dois métodos: a Análise Qualitativa Comparativa (QCA) e o estudo de caso. Na QCA, a partir de uma survey com 174 respondentes, analisamos as configurações causais das proximidades para alianças de inovação. Os resultados encontrados no contexto de parceiros próximos geograficamente evidenciam que, por um lado, as alianças de exploration são dependentes de proximidade social, combinadas com a proximidade cognitiva ou a institucional, por outro, as alianças exploitation são dependentes de proximidade cognitiva e social, somado com ausência de proximidade organizacional. Destacamos a necessidade da proximidade social em todas as configurações. No estudo de caso, entrevistamos três empresas a fim de averiguar a alteração das proximidades no tempo e seus mecanismos de compensação. Com efeito, comprovamos que as proximidades não são apenas mecanismos estáticos, mas também dinâmicos e inter-relacionados. Todas as proximidades não-geográficas se intensificaram no decorrer do tempo, ratificando, assim, a sua dinamicidade. Observamos a relação de substituição entre as proximidades organizacional e institucional, apoiadas pela proximidade social. A falta de proximidade cognitiva foi compensada pelas proximidades institucional, social e geográfica, já o distanciamento geográfico compensou-se pelas proximidades não-geográficas. Em suma, compreendemos que a orientação inovadora das alianças não depende do desenvolvimento de todas as dimensões e que as proximidades precisam ser analisadas de forma combinada, já que nenhuma configuração se mostrou eficiente com apenas uma dimensão. Ademais, nosso escopo de trabalho propôs avanços quando demonstramos que a combinação de proximidades tende a ser diferente de acordo com a orientação de inovação. Finalmente, as alianças internacionais de inovação devem focar mais no fomento da confiança, na sobreposição de conhecimento, na estrutura de comando e alinhamento cultural, pois o distanciamento geográfico se mostrou irrelevante.