Aspectos biológicos de Metagonistylum minense Towns., 1927 e Paratheresia claripalpis (Wulp, 1896) (Diptera, Tachinidae) em diferentes temperaturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Melo, Quelzia Maria Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-093420/
Resumo: Estudaram-se as biologias de Metagonistylum minense Towns., 1927 e Paratheresia claripalpis (Wulp, 1896) parasitando Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794), em cinco temperaturas constantes (20, 22, 25, 30 e 32°C), compreendendo de dois níveis de “inoculação” (uma e duas larvas sobre o hospedeiro). A biologia destes parasitoides foi também pesquisada através de “inoculações” com três larvas sobre o hospedeiro, porém somente à temperatura de 25°C. As temperaturas de 30 e 25°C foram as mais adequadas para o desenvolvimento de M. minense e “inoculações” com duas larvas sobre o hospedeiro proporcionaram períodos mais curtos em todas as fases de desenvolvimento do inseto. Dentre as temperaturas estudadas, 30°C foi favorável ao desenvolvimento de P. claripalpis e nela foi obtido um maior número de indivíduos em menor período, a partir de “inoculações” com uma larva sobre o hospedeiro nesta temperatura. Não houve desenvolvimento das duas espécies de taquinídeos a 32°C. A biologia de M. minense a 25°C com três níveis de “inoculação” (uma, duas e três larvas sobre o hospedeiro) mostrou que este taquinídeo apresentou o mesmo comportamento quando utilizaram-se uma e duas larvas. O peso médio das pupas e longevidade de adultos não alimentados de M. minense decresceram com a elevação térmica, na faixa de 20 e 30°C, em ambos os níveis de “inoculação”. O peso médio das pupas diminuiu em função do acréscimo do número de larvas "inoculadas” no hospedeiro. E a longevidade também foi dependente dos três níveis estudados a 25°C. Os resultados obtidos sugerem que deverão ser utilizadas duas larvas de M. minense para produção em grande escala. Para P. claripalpis houve um encurtamento do ciclo com “inoculações” triplas. O peso médio de pupas deste taquinídeo, embora sem diferir estatisticamente foi 14% mais leve com “inoculações” triplas do que com uma e duas larvas por hospedeiro . A longevidade foi também influenciada pela temperatura. As temperaturas bases de M. minense para a fase de larva, pupa e ciclo total foram 6,24; 10,66 e 8, 84°C, respectivamente; e as constantes térmicas, de 186,68; 153,73 e 344,83 graus-dias, respectivamente. As temperaturas bases de P. claripalpis foram 6,25; 10,18 e 8,98°C para a fase de larva, pupa e ciclo total, respectivamente, e a constante térmica deste parasitoide foi 555,55 graus-dias, sendo as exigências térmicas da fase de larva e pupa de 277,27 e 322,58 graus-dias, respectivamente. Através do somatório de graus-dias estimou-se o número provável de gerações anuais de M. minense e P. claripalpis nos municípios de Piracicaba, Jaú, Pindorama, Ribeirão Preto, o qual variou de 12 e 13 gerações para o primeiro parasitoide e de 7 a 8 para o segundo.