Análise da incorporação de flúor no esmalte dentário 'in vivo' após o uso de dentifrícios com concentrações reduzidas de flúor e sua relação com a biodisponibilidade de flúor nestes dentifrícios em comparação com outros comercialmente disponíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Olympio, Kelly Polido Kaneshiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25141/tde-09062005-100018/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram: avaliar a [F] incorporado ao esmalte dentário clinicamente hígido, após a utilização de dentifrícios com concentrações reduzidas de F; analisar a cinética do F dos dentifrícios fluoretados na saliva total e avaliar a biodisponibilidade do F destes dentifrícios com relação ao pH e sistema abrasivo. No 1º estudo, cruzado e duplo-cego, foram testados os seguintes dentifrícios: formulações experimentais de 1100, 550, 275 ppm F, NaF (pH 5,5), Crest® (1100 ppm F, NaF, pH 6,5 - controle positivo), Colgate Baby® (500 ppm F, NaF, pH 6,9) e um dentifrício sem F, pH 5,5 (controle negativo). Dezesseis voluntários (18 - 35 anos) escovaram seus dentes 3 vezes ao dia com os dentifrícios testados, durante 2 semanas com cada concentração. As etapas diferiram de acordo com o dentifrício utilizado e foram separadas por um intervalo de 1 semana. Biópsias foram realizadas, aplicando-se 5 µL de HCl 0,5 M, sobre a área delimitada na superfície do incisivo (5 s), seguida da neutralização da área por aplicação de 5 µL de NaOH 0,25 M, por 2 vezes. O 2º experimento constituiu-se de um estudo duplo-cego realizado em cinco etapas, nas quais 10 voluntários (18 - 35 anos) escovaram com os dentifrícios fluoretados descritos anteriormente. As cinco etapas foram separadas por intervalos de uma semana, período durante o qual foi utilizado dentifrício placebo. Foram realizadas coletas de saliva não estimulada (3 min) nos tempos “baseline", 0, 3, 6, 9, 15, 30, 45 e 60 min, após a escovação com 1,5 g do dentifrício proposto. No 3º experimento, a biodisponibilidade do F foi avaliada em relação ao pH e ao sistema abrasivo em um estudo duplo-cego. Nove voluntários (18 - 35 anos), em jejum por 12 horas, ingeriram 2 mg F administrados como solução de dentifrício. Nas etapas I a IV, os dentifrícios ingeridos foram: Sorriso Dentes Brancos® – 1500 ppm F (MFP), CaCO3, pH 9,5; 1100 ppm F (NaF), sílica, pH 5,5; 1100 ppm F (NaF), sílica, pH 7,0 e Crest® -1100 ppm F (NaF), sílica, pH 6,5, respectivamente. As quatro etapas foram separadas por intervalos de uma semana. Eles ficaram em jejum por mais 8 h, recebendo apenas um lanche padronizado de baixo conteúdo de F (0,07 mg). Amostras de saliva extraída diretamente do ducto da glândula parótida foram coletadas antes da ingestão do F e depois disso, de 20 em 20 min até 2 h, a cada 40 min até 4 h e a cada hora até 8 h. A urina foi coletada 24 horas antes e durante o dia experimental. Nos três experimentos, o F foi analisado pelo método direto ou com o eletrodo íonespecífico, após difusão facilitada com HMDS e o P foi analisado pelo método colorimétrico. Os dados foram testados pelo cálculo da ASC da saliva do ducto, por análise de variância e teste de Tukey (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significante entre os dentifrícios testados, quanto à incorporação de F pelo esmalte. Com relação à [F] na saliva total, o dentifrício de 550 ppm F foi similar ao padrão ouro. O cálculo da ASC demonstrou que não houve diferença estatisticamente significante da biodisponibilidade entre os dentifrícios. Os dados da urina mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os dentifrícios ingeridos. Os resultados sugerem que dentifrícios de baixa [F] e pH ácido são efetivos em elevar os níveis de F na saliva adequadamente quanto à prevenção de cárie dentária, sendo que a biodisponibilidade de F destes dentifrícios não é afetada pelo pH ou sistema abrasivo.