Estudo das características clínicas e laboratoriais da infecção pelo vírus da dengue em crianças atendidas em uma unidade de saúde no municipio de Ribeirão Preto, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Poloni, Telma Regina Ramos Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-24102013-084830/
Resumo: A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada de mosquitos do gênero Aedes. O vírus da dengue (DENV), pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae, é atualmente um importante problema de saúde pública em todo o mundo. São reconhecidos quatro sorotipos antigenicamente distintos (DENV-1, -2, -3 e -4). A infecção por qualquer um dos sorotipos cursa de forma assintomática ou com quadro clínico que varia desde uma febre indiferenciada e autolimitada, passando pela febre clássica da dengue (FD) até quadros graves de febre hemorrágica da dengue (DHF). O diagnóstico clínico é difícil de ser realizado principalmente na faixa etária pediátrica em que os sintomas são muito similares aos de outras infecções febris agudas, ficando a cargo do laboratório o diagnóstico confirmatório. Este estudo descritivo do tipo série de casos teve como objetivo analisar as características clínicas e laboratoriais da dengue em pacientes pediátricos. A população de estudo foi constituída por 110 crianças com idade média de 9,3 ± 3,7 anos recrutadas em uma unidade de saúde no município de Ribeirão Preto, São Paulo. Amostras de sangue, saliva e urina foram coletadas das crianças 1-14 dias após o início do quadro clínico. Os sinais e sintomas mais frequentes foram a febre (105/110, 95%), seguida de cefaleia (66/110, 60%), mialgia (49/110, 45%), vômitos (27/110, 25%) e exantema (16/110, 15%). A infecção pelo vírus da dengue foi confirmada laboratorialmente em 96 crianças, as quais apresentavam sinais e sintomas compatíveis com a classificação de caso suspeito de dengue de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde. A análise clínica inicial falhou em classificar como caso suspeito de dengue 46% das crianças. A carga viral foi significativamente maior no soro quando comparado àquela observada em saliva e urina, mas ainda assim estas amostras podem ser utilizadas como alternativa para diagnóstico da doença. O sequenciamento nucleotídico da região codificadora da proteína NS5 mostrou a circulação de DENV-3, principalmente durante o ano de 2010, e de DENV-1 e DENV-2, predominantemente no ano de 2011 na população do estudo. Houve predomínio de infecções primárias com quadro clínico leve sem complicações.