O debate sobre a industrialização da arquitetura na FAUUSP durante as décadas de 1950 e 1960

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gaspar, Natália Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-20122016-150512/
Resumo: Com o intuito de estudar a industrialização da arquitetura nas décadas de 1950 e 1960, definimos como objeto de estudo a FAUUSP e o que era debatido por sua comunidade, professores e estudante, sobre o tema durante os anos que vão desde sua fundação em 1948 até 1970. Por meio da Reforma Curricular de 1962, que marcou o amadurecimento da proposta do ensino de arquitetura orientado pelo movimento moderno, e estimulados pelo período desenvolvimentista por que passava o Brasil no final dos anos 1950, a comunidade docente implantou um Sequência de Disciplinas de Desenho Industrial que resultou, ainda que numa proposta legítima, na formação de profissionais da arquitetura com perfil para o trabalho na indústria de bens de consumo. Por comparação, e entendendo que a industrialização da arquitetura é um importante componente da origem da arquitetura moderna, desejamos compreender se o desenho industrial, da mesma maneira, havia penetrado também no ensino de projeto de arquitetura. Portanto, as disciplinas de projeto de arquitetura incorporaram essas ideias depois da reforma, até o final dos anos 1960? Se sim, como o desenho industrial para a produção de componentes e sistemas construtivos de arquitetura era trabalhado em sala? Havia ainda um imaginário sobre a industrialização da arquitetura, latente nas revistas e nas memórias de viagem, incentivado principalmente pelos esforços de reconstrução do pós-guerra. A imagem do grande painel de concreto, içado por grua, representando um canteiro mecanizado e avançado (ou pouco precário) era um paradigma a ser alcançado. Ao mesmo tempo, os mesmos docentes da escola debatiam nas instituições da categoria, como o IAB, nos congressos brasileiros de arquitetos e nas revistas a necessidade de industrializar a arquitetura para a produção de habitação. Parecia que a industrialização da arquitetura, a ser alcançada pela ação político-profissional do arquiteto no desenvolvimento nacional, ainda estava longe de se concretizar.