Quem vêm lá são elas: memórias, saberes e (re)existências das mestras de Capoeira na pequena e na grande roda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amaral, Erica Pires do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-27022024-204009/
Resumo: Esta pesquisa de mestrado delineada dentro do Programa Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, na linha de pesquisa Corporalidades, alteridades, territórios e modos de existência, trata das memórias e narrativas de duas mestras de Capoeira, Mestra Janja e Mestra Edna Lima, com diferentes percursos e estilos, trazidas por meio de entrevistas orais, observando suas trajetórias e as estratégias de permanência e resistência neste universo ainda masculinizado e sexista. Pretendeu-se trazer os saberes, os encantamentos e o sentido da luta presente nas narrativas orais e expressões/performances dessas mulheres que têm em comum as experiências de mais de quatro décadas nesta prática. Essas narrativas de memória e testemunho ajudaram a compor o corpo teórico do não narrado, como resistência aos silenciamentos, dialogando com as vozes de mulheres que tratam de história oral e as questões de gênero e raça, e também com pesquisas de autoras capoeiristas que discutem Capoeira e gênero. Os capítulos trazem uma discussão sobre memória, mulheres e Capoeira, as histórias de vida das mestras com seus percursos na pequena e na grande roda, termos que significam, respectivamente, a roda de Capoeira e a vida, levantando as dificuldades de ser mulher na Capoeira, as violências simbólicas e físicas de gênero, acompanhando a reflexão acerca dos saberes e resistências construídos por elas que persistiram nesta prática. Esta discussão foi realizada à luz do percurso metodológico da História Oral, com o compromisso de uma escuta sensível e respeitosa.