Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Marcela Sene |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-29112022-145250/
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Resumo: |
A ovinocultura é uma atividade em expansão, porém apresenta algumas limitações quanto a produtividade. As biotecnologias da reprodução aliadas ao melhoramento genético são capazes de aumentar a eficiência reprodutiva de um rebanho. A múltipla ovulação e transferência de embriões (MOTE) é a biotecnologia mais utilizada nos ovinos para multiplicação da genética materna com a coleta por via cirúrgica como a mais utilizada nos rebanhos comerciais. O presente trabalho buscou avaliar estratégias para o aumento da eficiência e bem-estar na aplicação da MOTE. Para avaliar o impacto do treinamento do médico-veterinário nos custos e viabilidade financeira da biotecnologia foram levantados os custos diretos para realização da MOTE, índices reprodutivos e resultados financeiros da cabanha ao longo de quatro anos. A quantidade média de estruturas totais e embriões transferidos por coleta foi superior (P <0,05) nos últimos anos em relação ao primeiro. Não houve diferença (P >0,05) nas taxas de gestação, aderência permanente e transitória das doadoras. A margem bruta por gestação foi negativa apenas no primeiro ano e aumentou substancialmente nos anos seguintes, estabilizando a variação anual entre custos e valor de venda dos animais O treinamento e experiência do médico-veterinário foi capaz de diminuir os custos e aumentar a eficiência da MOTE ao longo dos anos, viabilizando financeiramente o uso da técnica. Para avaliar a influência da idade, escore corporal, estação reprodutiva e números de repetições da MOTE na mesma ovelha na ocorrência da RPCL, foram levantadas informações ao longo de quatro anos. A ocorrência total de RPCL foi de 24,7% (26/105) e não teve associação com os fatores estudados. Para avaliar o efeito do tratamento com flunixin meglumine na prevenção da RPCL, vinte e cinco ovelhas foram divididas em grupo tratado (FLU, n = 13) ou solução salina (CONT, n = 12). O tratamento foi de 2,2 mg/kg/dia de flunixina meglumina por três dias consecutivos, iniciando dois dias após a inseminação artificial (IA). O grupo FLU apresentou menor (P=0,10) número de CL com sinais de regressão lútea (0,0 vs. 4,6 ± 1,6) do que o grupo CONT. Maior (P <0,01) taxa de recuperação (79,5 ± 9,5 vs. 45,4 ± 15,9%), número de óvulos/embriões recuperados (9,1 ± 2,1 vs. 3,7 ± 1,3) e número de embriões viáveis (5,1 ± 1,1 vs. 2,6 ± 1,2). As concentrações séricas de progesterona foram superiores (P <0,05) no FLU do que no CONT dia seguinte da IA até a coleta. O tratamento foi eficiente na prevenção da RPCL aumentando a taxa de recuperação e produção de embrião. Foram avaliados os benefícios da associação entre dipirona e flunixin meglumine em protocolo pós-operatório de coleta cirúrgica de embriões a partir de parâmetros fisiológicos e comportamentais de dor e bem-estar em comparação com o uso isolado de flunixin. A associação foi eficiente em minimizar o estresse de acordo com parâmetros de glicemia, cortisol, linfócitos, monócitos e plaquetas. Em conclusão, houve aumento na eficiência e bem-estar a partir das estratégias propostas. |