O imaginário coletivo de cuidadores de idosos na saúde pública: um estudo psicanalítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Manna, Roberta Elias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-15082013-103617/
Resumo: A formação de cuidadores de idosos da saúde pública deve ser considerada, atualmente, questão de grande relevância, num pais em que expressiva parcela da população não conta com recursos para enfrentar despesas que surgem a partir do envelhecimento. Esta capacitação deve incluir não apenas conhecimentos específicos em relação a cuidados corporais, mas também preparo de caráter psicológico, que permita a instauração de vinculação suficientemente saudável entre cuidador e idoso. Neste contexto, a presente investigação visa estudar empiricamente o imaginário coletivo de cuidadores de idosos profissionais da saúde pública a respeito da pessoa idosa. Concebida e realizada a partir do uso do método psicanalítico, em todas as suas etapas, esta pesquisa articulou-se ao redor de uma entrevista com cuidadores, durante a qual o Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema foi usado como recurso facilitador da comunicação emocional, bem como da consideração de experiências vivenciadas, no cotidiano institucional, em situações formais e informais, junto a idosos, cuidadores e da equipe, constituída por profissionais de várias formações. O conjunto do material emergente permitiu a elaboração de duas narrativas transferenciais, a partir das quais seis campos de sentido afetivo-emocional, ou inconscientes relativos, puderam ser criados/encontrados: cuidar enobrece a alma, cuidado com esse velho!, mas eu sou de confiança!, perdendo a autonomia, empobrecendo a convivência e vontade de viver(?). A condição de idoso frágil gera impactos emocionais e os cuidadores são sensíveis aos delicados aspectos que ligam a dimensão relacional inerente ao cuidado do idoso. Os seis campos criados/ encontrados indicam, de modo suficientemente preciso, quais são as principais questões psicológicas em processos de capacitação de cuidadores de idosos: apresentar-lhes a dramática de vida do idoso frágil e prepará-los para lidar com as delicadas interações que este tipo singular de intimidade certamente vai gerar