Brasil e Argentina: estratégias econômicas na década de 1990 e as consequências observadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Meireles, Guilherme Camara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-10122018-140204/
Resumo: Este trabalho visa analisar as estratégias neoliberais adotadas por Brasil e Argentina na década de 1990 além das crises econômicas e sociais que ambos atravessaram na virada para o século XXI. A ideia é reconstruir a lógica econômica que buscou o controle da inflação oriunda da década anterior nos dois países e mostrar como isso se relaciona com as crises em questão. As políticas neoliberais entraram no Brasil com Fernando Collor em 1990 e foram continuadas por Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, enquanto na Argentina sua aplicação data da ditadura militar instaurada em 1976, mas foi aprofundada a partir de 1989 com a eleição de Carlos Menem e dez anos depois com Fernando de la Rúa. Para reduzir os índices de inflação e viabilizar os planos econômicos aplicados, os dois países abriram suas economias, enxugaram a máquina pública e desregulamentaram seus mercados, conforme recomendado pelo Consenso de Washington. O resultado foi um processo de valorização cambial violenta que permitiu o aumento desenfreado das importações em detrimento das exportações, levando ao fechamento de diversas empresas nacionais que não poderiam competir com produtos estrangeiros, além do aumento do desemprego. A entrada de investimentos externos, muitas vezes na compra de estatais, também caracterizou o período, mas em pouco contribuiu para o desenvolvimento dos dois países que assistiram a um quadro de deterioração social e econômica ao longo da década em questão.