Quadro hemático de vacas zebuínas (Bos taurus indicus) da raça Tabapuã durante o período de transição: influência do final de gestação, parição, puerpério e da metrite puerperal aguda no hemograma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Diogo, Mariana Guimarães de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-28072023-120248/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do final da gestação, da parição, do puerpério e a ocorrência de metrite puerperal aguda sobre os constituintes do hemograma de bovinos zebuínos (Bos taurus indicus), da raça Tabapuã, criados no Estado de São Paulo. As fêmeas zebuínas foram acompanhadas durante os 45 dias antes da parição e até 60 dias após o parto. As amostras de sangue, colhidas em frascos contendo EDTA como anticoagulante por punção na veia coccígea ou jugular, utilizando-se o sistema Vacutainer®. A determinação do eritrograma foi realizada no contador automatizado BC-2800 Vet Mindray®. No primeiro experimento, delineado para avaliar a influência do final da gestação, parição e do puerpério, foram colhidas amostras de 12 animais. No segundo experimento, delineado para avaliar a influência da metrite puerperal aguda sobre o quadro hemático foram colhidas amostras de 12 fêmeas zebuínas que tiveram um puerpério fisiológico e 12 fêmeas zebuínas que tiveram a ocorrência de metrite puerperal aguda. Os momentos de coletas de ambos os experimentos foram: 45 a 31, 30 a 26, 25 a 21, 20 a 16, 15 a 11, 10 a 7, 6 a 4, 3 a 2, 1 dias antes do parto, dia da parição, 1, 3, 7, 14, 21, 30, 45 e 60 dias após o parto. Ao avaliar a influência no final da gestação, parição e puerpério observou-se que as taxas de hemoglobina e o volume globular encontrados no final da gestação aumentaram gradativamente com a aproximação do parto, e atingiram seus valores máximos no início do puerpério (3 dias após o parto). Nos últimos dias de gestação observou-se um gradual aumento do número de leucócitos, sendo o quadro leucocitário, no momento do parto, caracterizado por uma leucocitose por neutrofilia sem desvio à esquerda. Nos primeiros dias após o parto, ainda foi possível ser observado essa leucocitose por neutrofilia que desapareceu até 3 dias pós-parto. No final da gestação, a taxa de hemoglobina e volume globular eram menores nos animais com metrite. Durante o puerpério, entre 3 e 45 dias pós parto, observou-se que essas diferenças se mantiveram ou aumentaram. Observou-se que entre no final da gestação e durante o puerpério os teores séricos de proteína total e de globulinas eram maiores no grupo de animais com metrite puerperal aguda e que os teores séricos de albumina eram menores no grupo de animais com metrite puerperal aguda. Entre o dia da parição e 21 dias após o parto, os teores plasmáticos de fibrinogênio eram maiores no grupo de animais com metrite puerperal aguda. Na avaliação do leucograma (número total e contagem diferencial de leucócitos) sanguíneo de bovinos zebuínos (Bos taurus indicus) durante o período de transição (entre 45 dias antes do parto e 60 dias após o parto) não foi encontrada nenhuma diferença estatística que pudessem evidenciar a influência da metrite puerperal aguda no leucograma.