Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Teles, Carlos Dion de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18141/tde-16062011-093105/
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Resumo: |
As argamassas de fachada protegem a edificação, seu conteúdo e revelam sua identidade, funções realçadas quando se trata de patrimônio histórico. Elas sofrem pelo intemperismo, umidade, vandalismo, intervenções malsucedidas e vícios de fabricação. A tese apresenta e aplica uma metodologia de levantamento de danos, materiais e técnicas construtivas, para a conservação ou restauro de argamassas de fachadas históricas. Revisa a literatura de preservação arquitetônica e demonstra a importância desse levantamento. Faz uma compilação dos mecanismos de degradação de argamassas históricas. Traz informações práticas sobre acesso vertical à fachada, definição de objetivos de levantamento, representação da evolução histórica, elaboração de formulários de campo e orçamento. Apresenta proposta de formação de inspetores, revisa a bibliografia e propõe metodologia de levantamento de danos, materiais e métodos construtivos. No levantamento de danos, emprega a inspeção visual e ensaio não destrutivo, por percussão com martelo de bordas em ABS. Revê e propõe critérios de amostragem e protocolos de análises laboratoriais. Emprega análise macroscópica, difração de raios-X (DR-X), petrografia e química por digestão ácida. Traz sugestões quanto à síntese e apresentação dos resultados à equipe de restauração. A metodologia prima pela simplicidade e economicidade, foi desenvolvida através de três estudos de caso, sendo dois no Paço de São Cristóvão Pátio Maior e na fachada principal - e a fachada exterior do futuro Museu da Casa da Moeda do Brasil, ambos no Rio de Janeiro, juntos somando aproximadamente 4.400m² de argamassa. As informações de materiais e métodos construtivos contribuíram para o levantamento histórico e compreensão da patologia. O levantamento de danos por percussão indicou 69% de argamassa comprometida (problemas de aderência ou reposição inadequada) no Pátio Maior, apesar da inspeção visual indicar somente 5% de ausência de argamassa por queda. A demolição cuidadosa das argamassas degradadas comprovou um desvio de apenas 4% do levantamento de danos por percussão. O protocolo de análise laboratorial agrupou as amostras pela inspeção macroscópica e/ou DR-X, realizando análises mais completas apenas em representantes destes grupos. Empregou a DR-X na identificação mineralógica. A petrografia foi muito versátil, agregando informações sobre composição mineralógica, granulometria, porosimetria, traço aproximado e história geológica. O traço foi avaliado através da análise química, comprovada para argamassas de areia, cal e/ou cimento, entretanto limitada na presença de agregado carbonático e/ou argila. Os estudos de caso apresentaram composições de envolvendo cal, areia, saibro, cimento e agregado carbonático. Fragmentos de conchas/corais foram encontrados em diversas amostras. As patologias foram relacionadas a torrões de argila na composição da argamassa, falta de aglomerante e incompatibilidade entre emboço e reboco. A apresentação de resultados na forma de mapas temáticos foi eficaz no ambiente multidisciplinar. A aplicação da metodologia se demonstrou viável e útil no apoio às decisões de restauro de argamassas de fachadas históricas, podendo ser aplicada também a argamassas contemporâneas. |