Edição e estudo lexical de documentos novecentistas do sertão baiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barreto, Josenilce Rodrigues de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-28082020-120351/
Resumo: Os manuscritos atestam a língua e os aspectos da história e da cultura de uma determinada sociedade. Logo, quando o filólogo tem acesso a documentos armazenados em acervos públicos e/ou privados, ele é conduzido a investigar tais aspectos e a preservar as informações constantes naqueles, através da edição. Partindo-se disso, a Filologia, ciência milenar, que tem como objetivo central a preservação de fontes documentais, oferece, junto às suas ciências afins (a Paleografia, a Codicologia, a Diplomática e a Ecdótica), o aparato teórico-metodológico necessário à realização de edições e ao estudo de textos diversos. À vista disso, apresentamos, nesta tese, as edições fac-similar e semidiplomática de três documentos feirenses do início do século XX, que estão sob a guarda do Centro de Documentação e Pesquisa (CEDOC), órgão pertencente à Universidade Estadual de Feira de Santana-BA. Tratam-se de dois testamentos e do primeiro volume de um inventário, lavrados entre 1918 e 1922 na cidade de Feira de Santana-BA, e cujo total de fólios chega a 187, os quais encontram-se escritos no recto e verso, em letra cursiva, em papel almaço e em formulários, nos quais constam carimbos, selos, manchas, borrões, rasgões, furos etc., dos quais estes últimos dificultaram, em parte, a leitura de alguns trechos dos documentos sem, no entanto, impedi-la. Além das edições, realizamos a descrição codicológica de 27 documentos armazenados no CEDOC/UEFS, dentre os quais estão inclusos os 3 que foram editados, e paleográfica e diplomaticamente descritos, a fim de realizarmos a contextualização sócio-histórica do corpus e dos seus escreventes. Ademais, depois de editados, os dois testamentos e o primeiro volume do inventário tiveram o seu vocabulário estudado, a partir do método dos Campos Lexicais, estabelecido por Coseriu ([1977] 1991), o qual nos possibilitou inventariar, alocar e analisar 369 lexias em 10 Campos Lexicais, subdivididos em macrocampos, microcampos, subcampos (e suas subdivisões) lexicais, com o objetivo de trazer à tona as lexias consideradas as mais representativas do corpus e, portanto, do vocabulário dos escreventes. Ao final desta tese, apresentamos o perfil sócio filológico-lexical dos escreventes, que redigiram a maior quantidade de fólios do corpus, tarefa realizada a partir das discussões empreendidas ao longo do trabalho. Para a realização dos nossos objetivos de pesquisa, contudo, utilizamos como aporte teórico os trabalhos de Andrade (2010), Bueno (1967), Dubois (1993), Cambraia (2005), Fachin (2008), Megale e Toledo Neto (2005), Melo (1971), Spaggiari e Perugi (2004), Queiroz (2006, 2007) etc., que tratam do labor filológico, paleográfico e/ou codicológico, e Abbade (2003, 2006, 2009, 2011), Biderman (1981, 1996, 1998, 2001), Coseriu ([1977] 1991), Geckeler (1976), Oliveira e Isquerdo (2001), Paula (2007), Queiroz (2012), Xavier (2012) etc., que tratam do léxico, da sua teorização e da aplicação do método dos Campos Lexicais a textos diversos, no nosso caso a documentos notariais.