Eram deuses os guitarristas? Heróis e mitos no imaginário da cultura massiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Miranda Neto, Affonso Celso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-25082017-102718/
Resumo: Desde a década de sessenta os guitarristas de rock são considerados ícones da cultura musical popular. Venerados por uma comunidade fiel de entusiastas, alguns deles são chamados de deuses, heróis e mitos. Suas histórias pessoais e artísticas são constantemente narradas e celebradas na mídia, tanto nos meios de comunicação tradicionais quanto nos ambientes digitais. E toda essa adoração pode ser visualizada concomitantemente no culto tecnológico à guitarra elétrica, um dos instrumentos musicais mais vendidos no mundo. Mesmo que tantos fãs, jornalistas e críticos musicais construam discursos fantásticos para se referir aos guitarristas heróis, uma investigação mais aprofundada sobre a estrutura dos arquétipos e símbolos presentes no compartilhamento de sentido entre os amantes do rock é uma tarefa ainda inacabada. Nossa hipótese parte do princípio de que diversos mitos e narrativas heroicas são atualizados continuamente nas práticas culturais contemporâneas cuja experiência transforma e orienta a visão de mundo dos atores sociais envolvidos na sua disseminação. Essa comunhão em torno da imagem sagrada dos guitar heroes extrapola a esfera artística e se constitui em um estilo de vida com significações múltiplas, sejam elas, comportamentais, estéticas e sexuais. O objetivo é compreender como essas representações sociais refletem e atualizam a própria visão idealizada de que como a sociedade se vê. Outro objetivo é enfatizar a importância desse fenômeno na prática de consumo associada à guitarra elétrica onde o mito desempenha uma função simbólica essencial.