Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1980 |
Autor(a) principal: |
Fariñas Jorge, Santiago |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20240301-154510/
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Resumo: |
A preservação do valor nutritivo de forragens conservadas na forma de feno tem sido uma preocupação constante daqueles que dependem desse alimento para garantir a alimentação do rebanho em épocas de baixas produções nas pastagens. Através de um experimento conduzido no Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, procurou-se comparar os efeitos do período de armazenamento sobre o teor de proteína bruta e digestibilidade in vitro da matéria orgânica do feno de capim de Rhodes (Chloris gayana, Kunth). Após o feno apresentar cerca de 17% de umidade ele foi enfardado com uma enfardadeira de rolos grandes ou com uma enfardadeira de fardos convencionais. Os rolos grandes pesaram em média cerca de 450 kg e os fardos convencionais ao redor de 15 kg. Doze rolos grandes e 40 fardos convencionais foram distribuídos dentro dos seguintes tratamentos, que continham quatro repetições: Rolos grandes descobertos e armazenados no campo (T1), rolos grandes cobertos com lona plástica e armazenado no campo (T2); rolos grandes armazenados no fenil (T3); fardos convencionais cobertos com lona plástica e armazenados no campo (T4); e fardos convencionais armazenados no fenil (T5). As amostragens para avaliar a qualidade do feno e os efeitos do tipo de fardo e tempo de armazenamento foram efetuadas mensalmente desde o enfardamento até 120 dias. Utilizou-se um amestrador cilíndrico que perfurava os fardos até uma profundidade de 50 cm. Durante o processo de fenação procurou-se determinar a curva de desidratação do capim de Rhodes amostrando-se a gramínea no campo a cada 2,50 horas e procedendo-se rapidamente as determinações da umidade através de um desidratador portátil de circulação forçada de ar quente. Determinou-se a proteína bruta e digestibilidade in vitro da matéria orgânica para o momento do corte e no momento de enfardo com o propósito de estabelecer as perdas ocorridas no processo. O capim de Rhodes na condição do experimento aos 45 dias de rebrote resultou em um feno de baixo teor de proteína (cerca de 6,9%) e digestibilidade da matéria orgânica (cerca de 57%). A desidratação se efetuou rapidamente permitindo que 10 horas após o corte a forragem poderia ser enfardada com 17% de umidade. Uma perda de aproximadamente 28% de proteína bruta foi observada entre o corte e o enfardamento o que poderia ser explicado pelo acondicionamento da forragem, perdas de folhas ou de partes reprodutivas da planta. Não houve diferenças significativas entre os tipos de fardos. O feno armazenado no fenil (T3 e T5) conservou melhor suas qualidades, mas não diferiu daquele armazenado no campo sob lona plástica (T2 e T4). O rolo grande descoberto e mantido no campo (T1) perdeu cerca de 12% da sua digestibilidade in vitro da matéria orgânica e proteína bruta, mas esse nível de prejuízo não foi suficiente para determinar diferenças entre esses tratamentos e aqueles cobertos com lona plástica (T2 e T4). Os tratamentos não diferiram entre si após um período de 120 dias de armazenamento quanto aos níveis de proteína bruta. Esse fato, poderia ser devido a uma alteração na forma como estava combinado o nitrogênio, provocada pela ocorrência de fungos ou por compensações porcentuais ocasionadas por perdas mais acentuadas de outros componentes da matéria seca que não forem medidas neste experimento. Finalmente, pode se admitir que a lona plástica tem potencial como material para preservar a qualidade do feno armazenado no campo. Entretanto outros estudos necessitam ser realizados para garantir a integridade física da lona por um tempo maior, e orientar sobre sua colocação e permanência sobre os montes de feno, para que não se abram fendas no material plástico. Os rolos grandes descobertos no campo demonstraram ser igualmente eficientes na preservação da proteína bruta e matéria orgânica quando comparados com tratamentos que utilizaram lona plástica que protegem o feno da intempérie climática. |