Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rizatto, Ana Júlia dos Passos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-23112021-125111/
|
Resumo: |
Introdução: É consenso na literatura que a hipernasalidade de pacientes com fissura palatina e diagnóstico de insuficiência velofaríngea seja eliminada após um procedimento físico (cirurgia secundária ou obturador faríngeo), por ser esta alteração decorrente da anomalia estrutural (sintoma passivo). Entretanto, acredita- se que a hipernasalidade de pacientes com velofaringe hipodinâmica não seja eliminada com o uso de um obturador faríngeo, por ser esta alteração decorrente de um erro de aprendizagem (sintoma ativo). Objetivo: Investigar a efetividade do obturador faríngeo para corrigir a hipernasalidade de fala em pacientes com fissura palatina. Material e métodos: A casuística foi constituída por 20 participantes com fissura palatina ou labiopalatina operada, (11 do sexo masculino e 9 do feminino), com idades variando entre 11 e 40 anos (idade média = 26 anos). Como todos tinham diagnóstico de velofaringe hipodinâmica, não houve indicação para cirurgia secundária e sim obturador faríngeo temporário com vista à realização de fonoterapia posterior. De acordo com a avaliação fonoarticulatória, todos os participantes apresentavam hipernasalidade, sendo 11 com articulação compensatória associada e 9 sem nenhuma articulação compensatória. Após a confecção das porções anterior, intermediária e pré-bulbo pela equipe do Serviço de Prótese de Palato da instituição, os participantes foram submetidos à moldagem do bulbo faríngeo, durante terapia diagnóstica, por meio do biofeedback da nasoendoscopia, conduzida pela orientadora deste estudo, em parceria com um dos dentistas do serviço. Após a conclusão de todas as etapas da confecção do obturador faríngeo, os participantes foram encaminhados para gravação de sua fala, com e sem o obturador faríngeo em posição, compreendida pela leitura de dois textos: a) Texto Oral: constituído apenas por frases com vogais e consoantes orais, b) Texto Nasal: constituído por frases com vogais e consoantes nasais. A avaliação da ocorrência de hipernasalidade (Texto Oral) e hiponasalidade (Texto Nasal) foi realizada por três fonoaudiólogas. Para o cálculo da confiabilidade intra- avaliadoras foram inseridas, de forma aleatória, 20% das gravações das mesmas amostras. Os participantes também foram submetidos ao exame de nasometria, em ambas as condições (com e sem prótese), durante a leitura dos mesmos textos para a interpretação da ocorrência de hipernasalidade (Texto Oral) e de hiponasalidade (Texto Nasal). Resultados: A comparação entre os resultados com e sem obturador faríngeo revelou que na presença do obturador faríngeo, 85% dos participantes permaneceram com hipernasalidade, de acordo com a avaliação nasométrica e para 45%, de acordo com a avaliação perceptivo-auditiva. Os resultados não foram estatisticamente significantes. Conclusão: O obturador faríngeo por si só não é capaz de eliminar a hipernasalidade da fala de indivíduos com diagnóstico de velofaringe hipodinâmica. Para este fim, a combinação de um programa de fonoterapia ao uso do obturador faríngeo se faz necessário. |