Efeitos da administração de altas doses de creatina e etanol no estresse oxidativo e função hepática em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Mariane Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-07022022-145935/
Resumo: Segundo a OMS, aproximadamente 2 bilhões de pessoas consumiam bebidas alcoólicas no mundo em 2011 e 6% de todas as mortes globais são atribuíveis ao uso de álcool. O consumo agudo de álcool é prejudicial e resulta em manifestações clínicas envolvendo todos os órgãos, principalmente o fígado. As células hepáticas possuem enzimas antioxidantes que diminuem os danos causados por espécies reativas de oxigênio, porém se este equilíbrio é danificado pelo etanol podem ser geradas lesões no fígado. Atualmente, estudos mostram que a creatina tem papel de antioxidante, direta e indiretamente. O objetivo desse estudo foi analisar os efeitos de altas doses de etanol e creatina no estresse oxidativo e função hepática em ratos Wistar. Os animais foram divididos em grupos: Controle, Etanol, Creatina e Etanol/Creatina e passaram por intervenção de 14 dias. A creatina foi administrada em doses de 0,3 g/kg de peso do animal nos três primeiros dias de intervenção (fase de carga - \"loading protocol\" ou período de saturação), via gavagem, diluída em água e adiante, no período de manutenção, foi ofertada em água na proporção de 1,25g/L (pensando em ofertar 0,05 g/kg) nos grupos Creatina e Etanol/Creatina. O etanol foi administrado por gavagem em uma única dose em uma quantidade de 5g/kg do peso do animal nos grupos Etanol e Etanol/Creatina. Os grupos Etanol e Etanol/Creatina foram eutanasiados após a dose de etanol em 2, 4, 6 e 24 horas. Foram quantificadas a gordura hepática total, a peroxidação lipídica, glutationa reduzida, concentração de alfa tocoferol hepático, proteína, lipoproteínas e triglicérides, AST, ALT, fosfatase alcalina e creatina sérica. Foi realizado o exame histológico do fígado. Os resultados foram demonstrados em média e desvio padrão. A comparação entre grupos foram realizados por teste ANOVA one-way com pós-teste de Turkey, considerando p < 0,05 como nível de significância e a comparação entre momentos diferentes dos grupos foram apresentados com valor de p do teste t de student e intervalo de confiança 95% da diferença entre os grupos em cada momento. Como principais resultados, a associação creatina e etanol resultaram na diminuição dos valores de AST, do MDA, aumento da GSH hepática e dos níveis de tocoferol hepático e sérico. Porém, também aumentou os valores de ALT e dos níveis de FAL Na análise histológica, tivemos maior degeneração celular no grupo suplementado com etanol e creatina. Concluindo, a creatina pode exacerbar os efeitos hepáticos ocasionados pelo etanol demonstrados pelo aumento de ALT, FAL e degeneração celular nos tecidos. Porém, outras análises, nos fazem repensar em sua proteção, como aumento dos níveis de tocoferol e GSH.