Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Furquim, Marilia Ambiel Dagostin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-29022024-124517/
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Resumo: |
Introdução/objetivos. Rinossinusite crônica invasiva com dano ósseo facial é uma causa comum de comprometimento funcional e social em pacientes com granulomatose com poliangiíte (GPA). Até onde se sabe, não há biomarcador clínico ou laboratorial para prever o dano ósseo, nem abordagem terapêutica específica direcionada a esse aspecto da doença. Polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em RANKL e OPG podem afetar suas proteínas codificadas, e vários destes SNPs já foram implicados na suscetibilidade genética à osteoporose, fraturas osteoporóticas e erosões ósseas periarticulares na artrite reumatoide. A hipótese deste estudo é que SNPs em RANKL e OPG podem estar envolvidos na patogênese das alterações ósseas faciais na GPA, o que forneceria uma possível explicação genética para a predisposição de indivíduos selecionados a esse acometimento específico da doença. Métodos. Este estudo de caso-controle incluiu 90 pacientes com GPA e 270 controles saudáveis (grupo controle - GC). Os pacientes foram divididos de acordo com a presença de lesão óssea facial vista em tomografia computadorizada de face. A frequência dos SNPs de RANKL e OPG, analisados por reação em cadeia de polimerase em tempo real, foi comparada entre pacientes e GC e entre pacientes com e sem dano ósseo facial. Dados clínicos, terapêuticos e laboratoriais foram analisados. Resultados. Erosão óssea foi observada em 55,5% dos pacientes. Nenhuma diferença foi encontrada na frequência de SNPs entre pacientes com GPA e GC. Comparando os pacientes com GPA de acordo com a presença ou ausência de dano ósseo facial, foi encontrada diferença nas frequências de OPG G1181C (rs2073618) e RANKL A290G (rs2277438). A análise multivariada demonstrou que o genótipo CC de OPG 1181 foi independentemente associado à erosão óssea (OR=3,95, IC 95%=1,2-13, P=0,02), assim como a presença do alelo G em RANKL A290G (OR=6,13, IC 95%=1,95-19,26, P=0,002) e maior duração da doença (OR=1,08, IC 95%=1,01-1,15, P=0,04). Em uma subanálise incluindo apenas pacientes com duração da doença > 3 anos, esses dois SNPs permaneceram independentemente associados à erosão óssea facial. Conclusão. SNPs em OPG G1181C e RANKL A290G podem estar envolvidos no desenvolvimento de rinossinusite destrutiva em pacientes com GPA. A avaliação genética pode ser uma ferramenta útil na identificação de indivíduos de alto risco para dano ósseo. Este estudo observacional serve como base para o desenvolvimento de estudos maiores visando melhor compreensão desta associação, e de ensaios clínicos utilizando-se RANKL e OPG como alvos terapêuticos |