A crise na coalizão e o impeachment de Dilma Rousseff

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rambourg Junior, Ribamar Cezar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-20112020-212122/
Resumo: O trabalho se dispõe a analisar a relação da chefe do Poder Executivo com os partidos membros da coalizão de governo durante o mandato de Dilma Rousseff. Embora a presidente tenha sido reeleita e governado com apoio de uma coalizão amplamente majoritária no Congresso Nacional, ela foi afastada por meio de impeachment. Sem adentrar no mérito do processo, o trabalho avaliará o esfacelamento da coalizão que, em circunstâncias adversas, a tornou suscetível de ser destituída pelo Poder Legislativo. Em outras palavras, a presidente não conseguiu construir escudo legislativo para lhe proteger em momentos de crise. Conforme será apresentado na dissertação, o apoio congressual ao governo caiu de forma contínua ao longo do tempo. Desde que tomou posse, Dilma Rousseff optou por não cultivar uma relação próxima com os partidos da coalizão, o que pode ser explicitado, sobretudo, pela desproporção na composição ministerial entre os partidos da coalizão e por conflitos permanentes existentes entre a presidente e seus aliados. Em relação à composição ministerial, será avaliado o orçamento total de investimento que os partidos conseguem empenhar por meio dos ministros indicados para compor o gabinete - uma vez que investimentos trazem maior visibilidade, podendo suscitar ganhos políticos aos agentes e partidos envolvidos. Assim, em meio a dificuldades políticas, quando a crise econômica e os escândalos de corrupção levaram milhões de pessoas às ruas pedindo sua destituição, Dilma Rousseff não resistiu. No auge de sua impopularidade e na ausência de escudo legislativo, o impeachment tornou-se inevitável.