Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Maria Beatriz Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-24022016-190316/
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Resumo: |
A cobrança da sociedade pela melhoria da qualidade dos serviços de saúde implica na busca de ações pela enfermagem, para a implementação da Prática Baseada em Evidências (PBE), uma vez que a assistência, pautada em evidências geradas por meio de métodos científicos, pode contribuir para aumentar os resultados do cuidado de saúde. A utilização de resultados de pesquisas na prática clínica é um dos componentes da PBE, entretanto, ainda, é desafio para a enfermagem. Assim, dentre as ações que podem minimizar a lacuna entre o conhecimento produzido e sua aplicação, está a identificação de barreiras que impedem a interdependência entre pesquisa e prática. O presente estudo teve como objetivos gerais: realizar a adaptação cultural do instrumento The Barriers to Research Utilization Scale e analisar as propriedades métricas de validade e confiabilidade do instrumento The Barriers Scale, versão para o português brasileiro. Trata-se de pesquisa metodológica conduzida por meio das seguintes etapas: processo de adaptação cultural - tradução e retrotradução; validade de face e conteúdo - Comitê de Juízes; validade de construto - dimensionalidade e grupos conhecidos e análise de confiabilidade - teste-reteste. The Barriers Scale possui 29 itens distribuídos em quatro fatores, a saber: Fator 1 - Enfermeiro, Fator 2 - Organização, Fator 3 - Pesquisa e Fator 4 - Comunicação, com valores de respostas que variam de 1 (inexistente) a 4 (enorme), sendo que os valores maiores refletem maiores barreiras para utilização de resultados de pesquisas na prática. Os dados foram coletados em dois hospitais, por meio da aplicação de um instrumento para caracterização sociodemográfica e profissional dos enfermeiros e The Barriers Scale - versão para o português brasileiro, no período de outubro de 2014 a junho de 2015, com a participação de 335 enfermeiros. O nível de significância foi de 0,05. Os resultados evidenciaram que a maioria dos participantes era do sexo feminino (88,7%), com idade média de 33,9 anos, solteiros, mestres, com um único vínculo empregatício e em regime celetista. A maioria dos enfermeiros não havia realizado curso sobre a utilização de resultados de pesquisas, na prática clínica (85,1%), e desenvolvia ou já tinha conduzido pesquisas em enfermagem (68,4%). Na avaliação das propriedades métricas, a análise fatorial confirmatória demonstrou que a versão para o português brasileiro, composta por quatro fatores, está adequadamente ajustada à estrutura dimensional, originalmente proposta pela autora principal. A validade de construto foi determinada por grupos conhecidos, os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas, sendo que os enfermeiros que atuavam em instituição, com cultura organizacional direcionada para a PBE, eram mestres ou doutores, tinham características favoráveis à PBE e identificaram menores barreiras para a implementação de resultados de pesquisas, na prática clínica. A confiabilidade, avaliada em intervalo de sete dias, indicou valores apropriados para o Coeficiente de Correlação Intraclasse, entre 0,75 e 0,84, e com diferença estatisticamente significativa. A avaliação da consistência interna demonstrou valor adequado para a versão para o português brasileiro de The Barriers Scale (? de Cronbach=0,92). Concluiu-se que The Barriers Scale, versão para o português brasileiro, é válida e confiável na amostra estudada |