A participação do pessoal auxiliar odontológico em dez sistemas locais de saúde de cinco municípios no Estado de São Paulo, 1994

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Frazão, Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-18052018-141713/
Resumo: No final da década dos 70 e início da década dos 80, em diferentes regiões do Brasil, os serviços públicos - tanto aqueles existentes quanto aqueles começando a se estruturar - passam a utilizar pessoal de nível elementar e médio para auxiliar nas ações de atenção à saúde bucal. No Estado de São Paulo, embora inúmeros sistemas locais de saúde (SILOS) venham empregando pessoal auxiliar odontológico (PAO), existe pouca informação disponível sobre a contribuição dada por estes trabalhadores à essas ações. O objetivo desta investigação foi de analisar a participação do PAO em dez SILOS de cinco municípios do Estado de São Paulo, em 1994. Um questionário foi respondido por 248 (76,3 por cento) dos 325 auxiliares e técnicos em higiene dental empregados nos municípios de ltú, Embú, Penápolis, São José dos Campos e Campinas. Os resultados indicaram que a maioria do PAO é jovem, do sexo feminino, possui 2° grau completo, curso de qualificação profissional, tem vínculo municipal e trabalha 40 horas/semana, sendo que, recebem entre US$ 119,00 e US$ 330,00 no exercício da função de ACD e entre US$ 162,00 e US$ 232,00 como THD. Sua participação em atividades de promoção da saúde bucal é relativa e varia conforme o SILOS em estudo: nos SILOS do Embú e das regiões norte e leste de S. José do Campos, o PAO vem dedicando sua jornada de trabalho mais para ações coletivas que para ações de assistência individual, contribuindo para a transformação das práticas da odontologia em saúde coletiva e para a mudança do modelo assistencial conforme as diretrizes de saúde bucal e os princípios do SUS. A participação do PAO é mais frequente em atividades de evidenciação de placa bacteriana seguida de escovação supervisionada (ES), bochechos fluorados e atividades educativas. A participação em ações coletivas é maior quando se trata da realização dessas atividades em escolas ou outros espaços sociais. Entretanto, em ltú, Embú e Penápolis, o pessoal auxiliar desenvolve de forma significativa atividades de ES em unidades básicas de saúde, atingindo com atividades de promoção da saúde bucal grupos populacionais que as frequentam. Excetuando-se os três SILOS de Campinas e o de ltú, é baixa a proporção do PAO que trabalha à quatro-mãos rotineiramente. Os SILOS de ltú, Embú e Penápolis apresentam maior grau de delegação de funções ao PAO na assistência individual que os SILOS dos municípios de São José dos Campos e Campinas. Segundo o pessoal auxiliar, a população-usuária reage positivamente e aceita bem os seus serviços. Além disso, os cirurgiões-dentistas têm um relacionamento profissional bom ou muito bom com eles, prestam-lhes orientações sempre que necessário e, na opinião deles, devem manter o grau de orientação corrente.