Avaliação da fadiga e de dores osteomusculares em trabalhadores de enfermagem de Urgência e Emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Aline Oliveira Russi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-28032018-182055/
Resumo: A condição de trabalho vivida por muitos trabalhadores de enfermagem, especialmente em instituições hospitalares, tem acarretado agravos à sua saúde, geralmente provenientes do ambiente de trabalho, da forma de organização e das atividades insalubres que executam. Os gestores hospitalares têm apresentado constante preocupação, em relação aos problemas osteomusculares e de fadiga, principalmente entre os profissionais de enfermagem, sendo comprovado pela literatura científica como questões de relevância significativa, que merecem um aprofundamento na identificação de suas causas e em propostas de ações para redução dos índices de ocorrência no âmbito hospitalar. Assim, este estudo objetivou avaliar as queixas de fadiga e de dores osteomusculares em trabalhadores de enfermagem de urgência e emergência. Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado no setor de urgência e emergência de um hospital localizado em Minas Gerais, em 2016, com 37 trabalhadores de enfermagem. Para coleta de dados foram utilizados três instrumentos sendo, um instrumento de avaliação sociodemográfica e laboral; a Escala de Fadiga de Chalder para avaliação da Fadiga física e mental; e o Diagrama de Corlett para avaliação da presença e intensidade de dor e as regiões acometidas. O estudo foi aprovado pelo CEP da EERP, conforme parecer 1.689.255. Em relação aos resultados, a maioria dos participantes era do sexo feminino (73%), solteira (54,1%), com media de idade de 30,5 anos, sem hábitos de praticar atividade física (62,2%) e dormia entre 6 e 8 horas (78,3%). Com relação à categoria profissional, a maior parte deles era enfermeiros (43,2%), com tempo de atuação de até 5 anos na profissão e na instituição (40,57%; 59,4%) e de 3 anos no setor de urgência/emergência, com carga horária de 8h/dia (75,5%). Em relação à fadiga física, os trabalhadores relataram que às vezes: cansavam-se facilmente (32,4%), precisavam descansar mais (40,5%) e sentiam fraqueza (24,3%). Na fadiga mental, os trabalhadores relataram que às vezes: tiveram problemas de concentração (21,6%), dificuldade para pensar claramente (18,9%) e problemas de memória (10,8%). Na soma dos escores dos itens da fadiga, 35,1% possuíam fadiga. Em relação à dor osteomuscular, a região mais relatada com presença de dor foi a coluna vertebral, que se repete nas diversas classificações de intensidade de dor, seguida dos membros inferiores e superiores. Concluímos que não há evidências de associação entre as queixas de fadiga e as queixas de dores osteomusculares. Percebe-se então a necessidade de promoção de melhores condições de trabalho nos ambientes hospitalares. Isto porque, é preciso favorecer uma melhor qualidade de vida laboral e social dos profissionais de enfermagem