Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Angelo, Aline Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04112019-182539/
|
Resumo: |
A presente tese se insere na área de concentração Estado, Sociedade e Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP). Tem como foco de interesse a política de formação de educadores do campo. Objetiva analisar a prática social de egressas da Licenciatura em Educação do Campo (LeCampo) da FaE/UFMG, a fim de compreender o ciclo de uma formação e apontar contribuições para a Política Pública de Formação de Educadores do Campo no Brasil. A pesquisa deu continuidade a estudos anteriores com a Turma de 2008 (Turma Dom Mauro) do LeCampo, objetivando compreender como as egressas dessa turma, em sua prática social, articulam as concepções políticas e de saberes teóricopráticos veiculadas pela formação na universidade e pelo Movimento da Educação do Campo. Em termos teóricos, a pesquisa valeu-se do Materialismo Histórico e Dialético e do pensamento de Antônio Gramsci, pautando-se no desafio de ancorar métodos de análise científica com as categorias centrais dessa perspectiva teórica. A investigação, de abordagem qualitativa, utilizou o Estudo de Caso como perspectiva metodológica para compreender as singularidades da realidade estudada, atenta ao seu contexto e interrelações, enquanto um todo orgânico, passível a generalizações. Para sua realização recorremos ao uso de documentos, entrevistas, observações participantes e questionários visando a obtenção de dados. O trabalho de campo foi realizado em duas regiões do estado de Minas Gerais, Zona da Mata Mineira e Vale do Rio Doce, com as egressas em suas práticas sociais no âmbito da docência, gestão de processos educativos escolares (direção escolar) e gestão de processos educativos comunitários (assessoria técnico-pedagógica), contemplando, no estudo, as três frentes de formação do LeCampo. Os resultados mostram importantes avanços nas localidades de atuação das egressas, que evidenciam como o Movimento da Educação do Campo tem alcançado conquistas no que tange às políticas públicas e à educação, enquanto teoria e prática, mas também identificou novos enfrentamentos para a continuidade desse percurso. Nas conclusões confirmamos a tese desse estudo de que as Licenciatura em Educação do Campo, junto com a luta do Movimento da Educação do Campo, formam educadores capazes de promoverem processos de mudanças em seus territórios. Relacionei esses processos de mudanças às lutas por políticas públicas e escolas do campo, que promovam práticas pedagógicas e sociais transformadoras. Identifico que o movimento de transformação é mais possível em situações onde o egresso esteja engajado em movimentos sociais e sindicais do campo, que estimulam e endossam suas práticas pedagógicas e sociais que, por sua vez, retroagem como impulso para seu engajamento. |