O ensino da saúde coletiva na graduação médica: estudo de caso em três universidades do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Campos, João José Batista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-02092009-163316/
Resumo: Historicamente, as diferentes concepções de Saúde Coletiva influenciaram tanto no ensino específico deste campo do saber como na formação geral do médico. Partindo deste pressuposto, o presente trabalho teve como objetivo estudar o ensino da Saúde Coletiva na graduação médica, buscando apreender suas configurações e as conseqüentes implicações nas propostas curriculares de três universidades do Paraná (Brasil): Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Positivo (UnicenP). Constituíram-se também em eixos de investigação, além das concepções de Saúde Coletiva, a relação ensino-aprendizagem, as ênfases assumidas pelo programa e os vínculos com os serviços de saúde. A pesquisa qualitativa foi realizada com base na análise documental dos projetos pedagógicos (os cursos instituídos) considerando como eles são efetivamente vividos, de acordo com a ótica dos agentes envolvidos. Para tanto, foram feitas entrevistas com 11 gestores, 18 professores, e foram constituídos 4 grupos focais de estudantes, considerados atores-chave nos três cursos de Medicina. Os resultados evidenciaram a inserção de 5% a 20% da área de Saúde Coletiva nos currículos, dependendo das estratégias de ensino, mas sempre em abordagens acadêmicas fortemente vinculadas aos serviços de saúde, uma realidade que é fortalecida pelo grau de consolidação do SUS em ambas as cidades (Curitiba e Londrina). Independentemente da natureza da universidade, da configuração organizacional e acadêmica do curso e dos diferentes modos de inserção docente, a Saúde Coletiva se faz presente e se assume com considerável relevância para a formação médica. Ainda que não se constitua um eixo articulador da graduação em dois casos estudados, a área traz à dimensão técnica do saber médico o equilíbrio necessário representado pela consciência dos desafios e o compromisso com a realidade. De modo inverso, em função da complexidade da formação, a presença maciça da Saúde Coletiva ao longo de um curso não garante necessariamente o ideal da profissionalização médica.