1929, Le Corbusier e São Paulo: paisagem física e política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moreno, Guilherme Pianca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-05072017-104914/
Resumo: A dissertação investiga a hipótese urbana de Le Corbusier para a cidade de São Paulo, realizada durante sua viagem à América Latina em 1929 - enfocando no diálogo entre arquitetura e paisagem suscitada pela proposta. O trabalho inscreve o contexto da viagem de Le Corbusier, remontando os principais conflitos políticos e estéticos em que o arquiteto franco-suíço estava envolvido na Europa, durante os anos que precedem imediatamente sua vinda ao continente sul-americano. Na leitura formal do plano, destaca-se a perspicaz leitura que Le Corbusier realizou da geomorfologia e geografia do sítio de São Paulo - contrastante tanto com as práticas urbanísticas em exercício na Europa quanto os estudos desenvolvidos por técnicos e engenheiros na cidade de São Paulo no mesmo período. O imaginário do projeto será reconstruído em conjugação com a caracterização das premissas materiais de sua formulação através de três fontes: a pesquisa histórica dos projetos urbanísticos de larga escala existentes para São Paulo até o episódio da visita - a fim de caracterizar os problemas sociais e urbanos que a cidade atravessava, comparando-os com os objetivos da hipótese de Le Corbusier; a análise das referências de monumentos da antiguidade levantadas pelo arquiteto na descrição do projeto - remetendo ao constante conflito na sua obra entre signos do passado e a modernidade; e por fim, a análise da função técnica e poética da visão aérea no processo de elaboração do plano de Le Corbusier, associando o projeto a uma complexa cultura visual que estava se inaugurando naquele período.