Aspectos bionômicos e danos de Eacles imperialis magnifica Walker, 1856 (Lepidoptera - Attacidae) em cafeeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Crocomo, Wilson Badiali
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-154437/
Resumo: Os surtos de Eacles imperialis magnifica Walker, 1856 vem se destacando como um dos problemas da cafeicultura brasileira nas últimas safras. Devido às dificuldades encontradas no controle dessa praga, pela inexistência de dados básicos, desenvolveu-se a presente pesquisa. Os principais tópicos abordados nesse trabalho foram: biologia, consumo e utilização de alimentos pelas lagartas, aspectos morfológicos e danos causados ao cafeeiro, e a distribuição geográfica da praga no Estado de São Paulo em 1975-76. Obteve-se um ciclo completo de 89,99 dias, cuja fase larval foi de 36,61 dias, sendo observados 5 instares, calculados através da regra de DYAR. O período pupal em laboratório foi de 35,23 ± 7,42 dias, porém, em condições de campo a pupa provavelmente entra em diapausa durante o inverno. Durante a fase larval esse inseto consumiu cerca de 60 gramas de folhas de café, o que corresponde a uma destruição de 0,30 m2 de área foliar. Cerca de 80% dos danos foram causados no 5º instar, sendo necessárias 166 lagartas para destruir todas as folhas de um cafeeiro adulto da variedade mundo novo. É discutida a relação entre o número de lagartas por planta e a redução na produção de café. O adulto apresentou uma longevidade média de 5,29 ± 1,21 dias para machos e 6,65 ± 1,37 dias para as fêmeas, as quais colocaram 198 ovos em 5 posturas. A separação dos sexos pode ser feita facilmente através da pigmentação das asas. Nas pupas essa diferenciação pode ser feita através da observação dos orifícios genitais ainda obliterados ou pela antena. Foram estudados os aspectos morfológicos da fase larval, apresentando-se os esquemas de cada instar, sendo também apresentados os esquemas das genitálias do macho e da fêmea. Como as lagartas se apresentaram de diferentes cores, foram pesquisados os fatores que determinaram essa variação, constatando-se que as lagartas expostas à insolação direta eram verdes enquanto as que se desenvolviam à sombra eram pretas, marrons ou avermelhadas.