Eficiência produtiva e reprodutiva de primíparas Nelore com progênie de diferentes grupos genéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mangucci, Luiza Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
TAI
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-27072023-125523/
Resumo: A eficiência da cria está diretamente relacionada à eficiência produtiva e reprodutiva da matriz e de sua prole. Aspectos como categoria e raça do bezerro impactam os resultados da atividade. A utilização de touros da raça Angus na IATF tem sido uma das estratégias trabalhadas para otimizar o desempenho de crescimento. Porém, existe questionamento de que este maior desenvolvimento dos bezerros F1 Angus pode levar a maior desgaste de suas mães, que poderia prejudicar seu desempenho reprodutivo. Dessa forma, avaliou-se a eficiência reprodutiva e produtiva de fêmeas primíparas amamentando progênie de dois grupos genéticos [Angus x Nelore (F1 Angus) e Nelore x Nelore (Nelore)]. Para isto foram utilizadas 2.354 novilhas oriundas de quatro fazendas localizadas nos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. As novilhas foram submetidas ao mesmo protocolo hormonal e, aleatoriamente, inseminadas com reprodutores das raças Angus (n=1.169) ou Nelore (n=1.185). Para avaliação da eficiência reprodutiva realizou-se análise das taxas de prenhez por IATF das novilhas com diagnóstico aos 30 (DG30) e aos 150 dias (DG150), bem como as taxas de prenhez após a primeira, segunda e terceira IATF e diagnóstico final da ER de tais fêmeas quando primíparas, além de ter sido avaliado o intervalo parto concepção (IPC). Para avaliação produtiva foi verificado o peso à desmama ajustado aos 210 dias (PD210), peso da vaca no desmame (PVD) e realizou-se a relação de desmama (PD210/PVD*100).Todas as informações foram analisadas pelo procedimento Glimmix do SAS 9.4, sendo considerado valores de P<0,05 como significativo. Não houve efeito de raça do touro sobre a taxa de prenhez aos 30 dias (P<0,05), bem como na perda gestacional entre 30 e 150 dias de gestação (P<0,05) nas novilhas. Na avaliação dessas matrizes como primíparas (estação de monta subsequente), não houveram diferenças nas taxas de prenhez após o primeiro serviço de acordo com a raça (F1 Angus = 50,8% vs. Nelore = 52%; P = 0,66) bem como para prenhez final (F1 Angus = 80,1% vs. Nelore = 81,7%; P = 0,3). Porém, houve influência do sexo na taxa de prenhez na 1ª IATF (M = 45,3% vs. F = 57,2%; P = 0,001), na prenhez final (M = 78,1% vs. 83,4%; P = 0,04) e no IPC, onde os machos impactaram em, aproximadamente, 9 dias mais de intervalo (P = 0,04). A raça e o sexo impactaram tanto no peso à desmama (F1 Angus = 231,6kg vs. Nelore 200,7kg; P≤0,001; M = 223,1kg vs. F = 212,7kg; P≤0,001), quanto na relação de desmama (F1 Angus = 53,4% vs. Nelore 48,4%; P = 0,02; M = 53,9% vs. F = 48,6%; P = 0,006). Portanto, conclui-se que a raça da progênie não influencia a eficiência reprodutiva das primíparas Nelore submetidas a protocolo de sincronização para IATF, porém o sexo impacta de forma direta tanto a eficiência reprodutiva, quanto a produtiva. O grupo genético influencia o peso à desmama e relação de desmama, onde animais F1 Angus desmamaram mais pesados e suas mães apresentam maior relação de desmame.