Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Rafael Lanzelloti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-11092019-144350/
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Resumo: |
A ivermectina foi o primeiro antiparasitário do grupo das lactonas macrocíclicas a ser comercializado, sendo introduzido no mercado, inclusive no Brasil, em 1983. Embora tenham sido desenvolvidos outros tantos antiparasitários pertencentes ao grupo das lactonas macrocíclicas, a ivermectina (IVM) é ainda o mais amplamente empregado antiparasitário na bovinocultura no nosso país. A farmacocinética da ivermectina é caracterizada, em termos gerais, por baixa absorção quando administrada por via subcutânea, largo volume de distribuição, muito pequena biotransformação e excreção lenta. A cinética está diretamente ligada a vários fatores, mas principalmente à via de administração, espécie animal e formulação. O presente estudo foi dividido em três partes, sendo objetivo verificar se há diferenças na farmacocinética da IVM, considerando-se a comparação entre os cruzamentos (europeu, zebuíno e meio- sangue), os gêneros, bem como as diferentes concentrações do antiparasitário (1% e 3,15%). Na primeira parte, foram comparados os perfis farmacocinéticos do Angus, Tabapuã e meio sangue Angus-Nelore. Os resultados mostraram grandes diferenças, tanto nos níveis plasmáticos de 22,23 Dihidroavermectina-B1a, bem como foram detectados valores significantemente maiores no Cmax, ASC e t1/2β nos animais Tabapuã, quando comparado àqueles bovinos de origem europeia e meio-sangue. Na outra etapa, na comparação entre os gêneros e machos castrados, verificou-se que não houve nenhuma alteração, em todos os parâmetros farmacocinéticos avaliados. O estudo, no qual objetivou-se comparar a farmacocinética da ivermectina entre as duas concentrações: 1% e 3,15%, mostrou, como o esperado, várias diferenças no perfil farmacocinético do antiparasitário entre os dois grupos. Assim, inicialmente os níveis de plasmáticos de 22,23 Dihidroavermectina-B1a foram superiores naqueles animais tratados com IVM 1%; no entanto, a partir da 3a semana após a administração do medicamento, esses valores foram significantemente superiores nos bovinos tratados com a maior concentração da avermectina. Em relação aos parâmetros farmacocinéticos, conforme o esperado, houve maiores valores de Tmax, ASC e t1/2β naqueles animais que receberam IVM 3,15%. Entretanto, pelos dados farmacocinéticos, aqui obtidos, pode-se levantar a hipótese de que os períodos de retirada propostos pelo fabricante para IVM 3,15% é seguro, mesmo para animais de origem zebuína. |