Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Buffone, Flavia Regina Ribeiro Cavalcanti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-17092021-105344/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Atrasos no desenvolvimento infantil podem passar despercebidos nos primeiros anos de vida e se tornar perceptíveis na idade escolar. Problemas de aprendizagem, dificuldade de desempenhar tarefas do cotidiano e o comportamento socioemocional inapropriado são algumas alterações de crianças com Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC), Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação Motora (TDC) e Transtorno do Processamento Sensorial (TPS). Este estudo teve por objetivo investigar o desenvolvimento da coordenação motora e as características do processamento sensorial de crianças com e sem TPAC. MÉTODOS: Foram avaliadas 60 crianças em idade escolar de duas escolas públicas de João Pessoa/PB. Todas realizaram triagem cognitiva. Os dados socioeconômicos e demográficos foram colhidos através de um questionário elaborado para a presente pesquisa. As crianças foram submetidas às avaliações audiológica e do processamento auditivo central (localização sonora, Pediatric Speech Inteligibility PSI, dicótico de dígitos DD e Random Gap Detection RGDT). Para avaliar o desenvolvimento da coordenação utilizou-se o Movement Assessment Batterysecond edition (MABC-2) e o processamento sensorial o Child Sensory Profile-2 (CSP2). A análise dos dados foi feita com o SPSS Statistics, versão 25.0, e o valor de significância adotado foi de 0,05. Foi realizada a análise descritiva com medidas de tendência central, e o pressuposto de normalidade foi observado. A associação entre as variáveis dos testes de coordenação motora e de processamento sensorial com o PAC foi medida pelos testes t de Student e U de Mann-Whitney. O tamanho do efeito (TE) da diferença entre os grupos foi medido pelo coeficiente d de Cohen ou r de Rosenthal. RESULTADOS: Das 60 crianças avaliadas, 38,3% foram classificadas para o grupo PAC alterado e 61,7% para o PAC normal; as médias de idade foram de 8,4 e 9,3 anos, respectivamente; não foi observada diferença entre os sexos. Os responsáveis tinham idade média de 37,4 anos, e a renda familiar per capita era de R$ 364,40. Entre os responsáveis das crianças com PAC alterado 69,6% tinham baixa escolaridade (OR = 2,16). A análise dos resultados considerou dois grupos de acordo com a escolaridade dos responsáveis: Grupo I ( ensino fundamental) e Grupo II (ensino médio e superior). No Grupo I, nas crianças com TPAC, o TDC apareceu em 8,3% delas, e o teste de destreza manual do MABC-2 mostrou associação limítrofe (p = 0,07). Para o CSP2, o processamento visual teve TE = 0,44, considerado de magnitude média. Crianças com TPAC apresentaram diferenças sensoriais em 8 dos 13 resultados do CSP2. No Grupo II não houve diferença estatística para nenhum dos testes de coordenação motora. Para o CSP2, o tamanho do efeito foi de magnitude média para 5 dos 13 testes. As diferenças sensoriais estiveram presentes nos resultados de 4 dos 13 resultados do CSP2. CONCLUSÃO: Crianças cujos responsáveis têm menos escolaridade têm mais chance de ter o TPAC. Neste estudo, o TDC não esteve relacionado ao TPAC, mas a destreza manual teve associação marginal nas crianças do Grupo I. Crianças com TPAC têm mais diferenças sensoriais que seus pares, e essas diferenças diminuem no grupo cujos pais têm mais escolaridade. |