Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Grandisoli, Laura Fantazzini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-14122015-125751/
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Resumo: |
Introdução - Nas últimas décadas a prevalência de obesidade aumentou progressivamente em nível global. O tecido adiposo e as adipocitocinas têm papel de destaque em inúmeros processos metabólicos. O desbalanço de adipocitocinas como leptina e adiponectina são comuns em obesos, exercendo efeito relevante nas complicações vasculares e alterações metabólicas comumente observadas entre indivíduos com excesso de peso. As alterações nas concentrações de leptina e adiponectina decorrentes da perda de peso relacionam-se a benefícios no perfil cardiometabólico, porém podem influenciar o reganho de peso. Objetivo - Avaliar a influência da intervenção nutricional para perda de peso sobre o perfil cardiometabólico e o impacto das concentrações de leptina e adiponectina no reganho de peso de indivíduos adultos. Métodos Ensaio clínico não controlado, de séries temporais. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, com Índice de Massa Corporal (IMC) 25 kg/m2, atendidos no ambulatório de Nutrição do Hospital Universitário da USP. A intervenção durou 4 meses e consistiu em 5 encontros em grupo. Os participantes foram orientados a manter dieta com restrição calórica média de 18 por cento e receberam orientações sobre alimentação saudável, fibras alimentares, leitura de rótulos e alimentos funcionais. Nos momentos basal (T0), ao término da intervenção (T1) e 6 meses após o término (T2) foram avaliados parâmetros bioquímicos, antropométricos, de composição corporal, consumo alimentar, nível de atividade física e pressão arterial. Os resultados foram analisados por Equações de Estimação Generalizadas (GEE), análises de correlação e modelos de regressão linear (nível de significância p<0,05). Resultados Quarenta e três indivíduos participaram do estudo. A perda de peso média foi de 1,0kg (0,96 por cento ) (p=0,029). Vinte e sete indivíduos (62,8 por cento ) perderam peso (-2,37kg, -2,47 por cento ), com redução significativa de todas as variáveis antropométricas. Dentre os que ganharam 7 peso (+1,32kg, +1,58 por cento ), não houve aumento significativo na circunferência da cintura e porcentagem de gordura. Em T1 houve redução significativa das concentrações médias de colesterol total (-9 mg/dL, p=0,004), LDL-C (-7 mg/dL, p=0,017), colesterol não-HDL (-9 mg/dL, p=0,002), CT/HDL-C (-0,2, p=0,004) e LDL-C/HDL-C (-0,2, p=0,008). A análise estratificada segundo ganho e perda de peso evidenciou redução significativa dos mesmos parâmetros, independente de ganho ou perda. Dois terços dos indivíduos que perderam peso apresentaram reganho em T2 (74,9 por cento do peso perdido), fato que impactou diretamente na piora das medidas antropométricas e parâmetros bioquímicos. Em T2, somente as concentrações de LDL-C e colesterol não-HDL mantiveram-se abaixo do basal. Apesar do reganho de peso observado após o término da intervenção, as melhorias na qualidade da dieta apresentadas em T1 permaneceram 6 meses após o término da intervenção. Não houve associação entre as concentrações de leptina e adiponectina e o reganho de peso. Conclusão A intervenção teve influência positiva em importantes fatores de risco cardiometabólico. As concentrações de leptina e adiponectina não permitiram prever o reganho de peso. |