Análise eletromiográfica da máxima fase estável do lactato em exercício resistido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sousa, Nuno Manuel Frade de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-01042022-114410/
Resumo: A intensidade da máxima fase estável do lactato (MFEL) é considerada a maior carga de trabalho que pode ser mantida sem o contínuo acúmulo de lactato no sangue. Apesar de existir uma correlação fisiológica entre alterações eletromiográficas (EMG) e o limiar anaeróbio, ainda são escassas as pesquisas que determinam a relação entre limar de fadiga EMG (EMGLF) e a MFEL. Os objetivos do estudo foram: (1) comparar o slope do RMS calculado por diferentes janelamentos de suavização, (2) identificar e comparar o EMGLF com o limiar de lactato e (3) testar a hipótese que a intensidade da MFEL no leg press corresponde à maior carga de trabalho que pode ser mantida sem o aumento da amplitude do sinal EMG. Doze homens (26,0 ± 2,9 anos) realizaram duas fases de testes em dias diferentes no aparelho leg press. A primeira fase foi constituída por um teste incremental máximo com mensuração da concentração de lactato em cada estágio. O sinal EMG do músculo quadríceps foi registrado durante todo o teste. O slope do RMS foi determinado em três janelamentos diferentes (200, 1500 e 3000 ms) para cada estágio do teste, além de ser utilizado para determinação do limiar de fadiga EMG (EMGLF). A segunda fase foi constituída por três sessões de testes de carga constante para determinação da MFEL. O consumo de oxigênio e a concentração de lactato foram mensurados durante todos os testes da segunda fase. A resposta EMG do quadríceps durante os testes contínuos foi avaliada por meio do RMS contido no janelamento de 1500 ms. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) entre os slopes do RMS para os músculos VL e VM. Para o músculo RF, o slope do RMS foi significativamente maior para o janelamento de 1500 ms comparado com 200 ms nas intensidades de 30%, 35%, 40%, 50% e 60% de 1RM (p < 0,05). O slope do RMS também foi significativamente maior para o janelamento de 3000 ms comparado com 200 ms nas intensidades de 35%, 40% e 50% de 1RM (p < 0,05) para o músculos RF. O slope do RMS apresentou alta confiabilidade entre os diferentes procedimentos de suavização. O EMGLF nos três diferentes janelamentos apresentou bons limites de concordância com o limiar de lactato. Na intensidade da MFEL (29,2 ± 6,7% de 1RM) ocorreu a estabilização da amplitude do sinal EMG e do consumo de oxigênio. Os resultados demonstram que a análise do RMS em diferentes janelamentos pode ser utilizada em exercício resistido, sem diferenças no seu slope. A resposta do slope do RMS durante exercício leg press incremental pode ser utilizado como uma abordagem simples para a determinação do EMGLF no músculo quadríceps, que está fortemente correlacionado com o limiar de lactato. A intensidade da MFEL no exercício leg press corresponde à maior carga de trabalho que pode ser mantida sem o aumento da amplitude do sinal EMG dos músculos do quadríceps.