Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lourenço, Bárbara Hatzlhoffer |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-04112014-083150/
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Resumo: |
Introdução: Investigações sobre o crescimento linear e o ganho de peso durante a infância em regiões de baixa e média renda são relevantes ao avanço do conhecimento científico e ao planejamento de ações para promoção da saúde no contexto de transição nutricional que afeta tais áreas. Objetivo: Investigar determinantes do crescimento linear e ganho de peso de crianças residentes no município de Acrelândia, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Métodos: O presente estudo longitudinal de base populacional foi constituído a partir de dois inquéritos transversais de base populacional conduzidos em 2003 e 2007, com dois inquéritos de seguimento realizados em 2009 e 2012. Foram realizadas entrevistas domiciliares para levantamento de informações sociodemográficas, características maternas e morbidade recente da criança, além de coleta de amostra de sangue e exame antropométrico. Os desfechos de interesse foram a variação em escores Z de altura e índice de massa corporal (IMC) para idade. Utilizaram-se modelos de regressão linear mistos para a análise dos dados longitudinais. Resultados: Os principais determinantes do crescimento linear mensurado em escores Z de altura para idade durante a infância foram o índice de riqueza domiciliar e a posse de terra, além da altura materna e de peso e comprimento da criança ao nascer. O ganho de peso verificado por escores Z de IMC para idade foi positivamente associado ao índice de riqueza domiciliar e ao IMC materno até os 10 anos de idade. Houve associação positiva entre estado inflamatório de baixo grau na linha de base do estudo (definido por maiores concentrações de proteína C-reativa até 1 mg/L) e incremento em escores Z de IMC para idade durante o seguimento entre crianças a partir de 5 anos de idade. O alelo de risco do gene associado à massa gorda e obesidade (FTO rs9939609) relacionou-se a maior ganho em escores Z de IMC para idade durante a infância, com modificação de efeito pelo estado inicial de vitamina D, com papel genético mais pronunciado entre crianças com concentrações ! insuficientes de vitamina D. O aumento em escores Z de IMC durante a idade escolar foi também associado à resistência à insulina nas crianças estudadas. Conclusão: Em uma área de baixa renda, confirmou-se a influência do contexto socioeconômico e de fatores intergeracionais representados por características maternas sobre o crescimento linear e o ganho de peso na infância. O incremento de peso foi influenciado também por um cenário em que deficiências de micronutrientes, elevada morbidade e interação entre fatores genéticos e nutricionais coexistem com panorama crescente de sobrepeso e obesidade. |