Stefan Zweig: da perseguição nazista ao suicídio - refúgio, apatridia e exílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Grun, Melanie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-07022023-195220/
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo analisar a trajetória do escritor austríaco Stefan Zweig a partir da perspectiva do sociólogo Everett Stonequist acerca da condição do homem marginal e dos conceitos sujeito e objeto apresentados por bell hooks e utilizados pela psicanalista Grada Kilomba em Memórias da Plantação. Deu-se ênfase à vida de Stefan Zweig a partir da ascensão nazista - momento em que tomou consciência de sua marginalidade e enfrentou o refúgio, a apatridia e o exílio -, com o intuito de investigar os impactos da condição marginal e do desterro sobre sua identidade. Os materiais analisados evidenciaram a importância que a língua materna (o alemão), a Europa e os valores pacifistas e europeístas tiveram para Stefan Zweig na construção de sua própria identidade e o sofrimento decorrente dos efeitos do nazismo e da Segunda Guerra Mundial sobre sua vida. Por fim, procurou-se compreender o suicídio cometido pelo escritor austríaco e sua esposa, em Petrópolis, sob uma ótica compreensiva que destaca a resistência e não a fraqueza ou a covardia do ato. De forma geral, essa dissertação configura-se como uma possível contribuição para o enriquecimento das pesquisas acerca da temática do refúgio e do exílio, enfatizando as questões identitárias suscitadas pelo desterro forçado, ainda tão recorrente nos dias atuais.