Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Renata Morelli de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-11022009-091301/
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Resumo: |
A técnica do inseto estéril visa a indução de esterilidade em fêmeas selvagens por meio do acasalamento com machos estéreis liberados em grandes quantidades no ambiente. Os insetos liberados devem ser capazes de competir com os selvagens pela cópula com as fêmeas, fertilizar seus ovos e evitar que ela copule novamente. A recópula com machos selvagens pode interferir na eficiência da técnica por resultar em ovos férteis. Não é conhecido como a sequência de cópula-recópula com machos estéreis e/ou selvagens determina a fertilidade dos ovos na mosca-da-fruta, Ceratitis capitata (Wied., 1824) (Diptera: Tephritidae), nem as conseqüências deste comportamento, o que justificou o presente trabalho. Os experimentos foram realizados em laboratório, na Embrapa Semi-Árido, Petrolina-PE, sob condições ambientes de temperatura e umidade relativa, para determinar a influência do tipo e ordem das cópulas na indução de esterilidade, além de parâmetros do comportamento de recópula, como frequência recópula entre as fêmeas, número de cópulas for fêmea, tempo de cópula e recópula, período refratário e competitividade sexual dos machos. Foi também avaliada a interferência do tratamento aromático dos machos estéreis com óleo de gengibre sobre a recópula das fêmeas. A Biofábrica Moscamed Brasil, Juazeiro- BA forneceu os insetos estéreis, e os selvagens foram provenientes de pupas coletadas de frutos infestados em áreas frutícolas na região do Submédio do Vale do São Francisco. Na presença de machos estéreis e selvagens concorrendo pelas cópulas na proporção de 5 estéreis: 1 selvagem, 63% das fêmeas recopularam em média 3,37 vezes com curto período refratário entre a cópula e a primeira recópula. O tratamento dos machos com óleo de gengibre diminuiu significativamente a taxa de recópula. A aromaterapia dos machos não reduziu a fecundidade e nem conferiu aos machos vantagem da competição espermática, entretanto aumentou a indução de esterilidade em fêmeas selvagens que recopularam. O segundo macho a copular a fêmea apresentou maior vantagem reprodutiva em curto período refratário. Conclui-se que para que a técnica do inseto estéril seja eficiente, é necessário que haja sempre machos estéreis de boa qualidade no campo para recopularem as fêmeas em curto período refratário. |