Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Britto, Glaucea Helena de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-11122023-125052/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo ampliar os estudos sobre fotografia em relação aos desdobramentos do seu legado colonial na contemporaneidade, considerando a autoria negra e seus antecedentes históricos no Brasil como critério na investigação de poéticas contemporâneas. Para isso, foram listadas obras de artistas fotográfos afrodescendentes, produzidas entre 1985 e 2015, que estão sob a salvaguarda do Museu Afro Brasil, em São Paulo. Dentre eles, foram realizadas leituras do conjunto de obras de Eustáquio Neves, pelo caráter emblemático de suas produções na referida instituição. Em termos de procedimentos metodológicos, buscou-se revisitar as possíveis histórias da fotografia através da construção de uma narrativa que se dispôs a rever o processo de construção historiográfica do cânone e sua relação com os lugares marginalizados ou lacunas existentes no registro da produção imagética autoral de afrodescendentes – com foco na experiência brasileira –, trazendo-os para o centro. Ao deter-se na análise da trajetória e do conjunto de obras dos fotógrafos indicados, foi possível observar o desenvolvimento de poéticas diversas, porém, voltadas para a restituição da memória afrodescendente no Brasil, ao interpretar criticamente acontecimentos históricos relacionados à população negra e destacar pessoas e temas ligados à uma experiência social racializada. Entre outros significados, tais escolhas poderiam indicar que, mesmo quando a prática fotográfica passa a ser tardiamente acessada por esses profissionais, determinadas produções de linguagem mantém como foco a disputa e construção de espaços para a subversão de padrões dominantes que, segundo a hipótese inicial desta investigação, estruturariam narrativas (visuais) contra-hegemônicas – as chamadas contrapráticas autográficas. Pelo presente exposto, tais narrativas não seriam apenas contra-hegemônicas como também contracoloniais. |