Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Trivellato, Paulo Roberto Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-05102022-123235/
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Resumo: |
A implantação de um sistema público de acesso universal à saúde tem sido a contribuição mais significativa do setor de saúde para a democratização do Brasil. A tradução de seus princípios na política externa elevou o país a líder da saúde global. Entretanto, a ascensão da extrema direita ao poder provocou uma fratura neste duplo processo através da renúncia a papéis de liderança em iniciativas progressistas tanto regionais quanto mais amplas. Com base em análise documental e na literatura especializada, esta dissertação é composta de um artigo submetido à revista Latin American Policy e de um relatório da pesquisa empírica que deu origem a este artigo, relativa à composição das delegações brasileiras na Assembleia Mundial da Saúde, órgão deliberativo máximo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em seu conjunto, a dissertação identifica os atores responsáveis pelo alinhamento entre a política externa brasileira e os princípios do Sistema Único de Saúde, e demonstra que uma retração significativa da atividade diplomática destes atores abriu caminho para a renúncia de protagonismo em agendas progressistas e para a emergência de uma nova liderança brasileira no seio de uma aliança internacional neoconservadora. Após o ocaso da UNASUL Saúde e a oposição pública à agenda dos direitos sexuais e reprodutivos, este processo culminou com a transformação do Ministério da Saúde em aparelho ideológico, com radical substituição de quadros e rechaço explícito ao ethos da atuação da OMS (defesa das evidências científicas como referência das políticas públicas de saúde); além do abandono da aclamada defesa da primazia da saúde sobre os direitos de propriedade intelectual na Organização Mundial do Comércio ao longo da pandemia de covid-19. |