O papel do sistema nervoso autônomo e do barorreflexo no curso temporal da sepse experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Soares, Camila Molina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-19072022-171537/
Resumo: A sepse representa um dos principais desafios para a saúde mundial principalmente por apresentar taxas de mortalidade alarmantes, ainda piores em países em desenvolvimento. Sua identificação e tratamento precoce está diretamente relacionada a melhores desfechos, sendo importante cada vez mais a condução de estudos e divulgação sobre o tema. De acordo com a última definição proposta a sepse é caracterizada por Disfunção orgânica ameaçadora a vida em decorrência de resposta desregulada do organismo à infecção. O choque séptico, por sua vez, representa uma complicação da sepse associado a maior risco de mortalidade, sendo caracterizado por necessidade de vasopressores para manutenção de PAM>65mmHg e hiperlactatemia, na ausência de hipovolemia. A patogênese da sepse e do choque séptico é complexa, apresentando inúmeros fatores de interação, sendo um dos importantes pilares o sistema nervoso autônomo (SNA) que é dividido em simpático e parassimpático tendo cada um desses domínios funções, sendo o barorreflexo um dos principais mecanismos de autorregulação. O estudo da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é o principal método não invasivo de avaliação do SNA, possibilitando a avaliação do balanço autonômico. Sendo assim, para avaliarmos o papel do sistema nervoso autônomo e o impacto do barorreflexo no curso temporal da sepse experimental utilizamos ratos wistar (n=32) que foram divididos em 4 grupos sham (n=8), sham sepse (n=8), dsa (n=8), dsa sepse (n=8), os animais dos grupos dsa foram submetidos a desnervação sino aórtica (DSA) e os animais dos grupos sepse foram submetidos à ligadura e punção cecal. Através dos registros de pressão arterial invasiva foram realizadas análises hemodinâmicas, de VFC, sensibilidade barorreflexa, além de coletas de sangue para hemogasometria arterial, nos tempos 0, 2h e momento final (caracterizado como PAM<65). No primeiro capítulo estão apresentados os efeitos da desnervação sino aórtica, demonstrando o impacto em VFC, sensibilidade barorreflexa espontânea, e hemogasometria arterial (principalmente glicemia e lactato). No segundo capítulo os 4 grupos, avaliando então o impacto da sepse nesse cenário. Foram observadas alterações relevantes principalmente nas análises de VFC no domínio da frequência e sensibilidade barorreflexa, evidenciando a importância do emprego dessas duas metodologias. Além disso os dados demonstraram o impacto metabólico da DSA nesse cenário. Concluímos que a disfunção autonômica representada pela DSA causa prejuízo hemodinâmico e metabólico importante, impactando diretamente na curva de mortalidade dos animais submetidos a sepse, levando a óbito os animais do grupo dsa sepse precocemente quando comparado ao grupo sham sepse p= 0,0089