Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Garbellini, Lucas Renan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100136/tde-25052022-142812/
|
Resumo: |
Considerando o metabolismo urbano, o lodo de esgoto é um resíduo de relevância central por conta do volume atualmente gerado e pela expectativa de um aumento contínuo. Por ser um material composto majoritariamente por água, matéria orgânica e nutrientes necessários ao crescimento de plantas, existe a possibilidade de reinseri-lo no ciclo biológico de recursos como fertilizante vegetal. A maior barreira para isso, porém, são os contaminantes presentes no lodo, particularmente as substâncias inorgânicas como os metais, que oferecem riscos toxicológicos a seres humanos e ecossistemas. A Resolução Federal CONAMA 498/2020 dispõe sobre os métodos e critérios para o tratamento de lodo de esgoto, bem como sobre os limites máximos permitidos para a concentração de substâncias tóxicas considerando a aplicação do biossólido (nome dado ao lodo tratado) em solos. Este trabalho busca avaliar os potenciais impactos toxicológicos oferecidos pela prática em dois contextos: primeiramente quanto a esses limites estabelecidos, e, num segundo momento, quanto à concentração de substâncias nos lodos produzidos em três Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) distintas. Espera-se com isso apontar possíveis oportunidades de melhoria no arcabouço regulatório e fomentar ações relacionadas à Economia Circular. Para tanto, foram utilizados os Fatores de Caracterização calculados com o USEtox, ferramenta que estima o potencial de impacto toxicológico, em ecossistemas e seres humanos, de substâncias químicas lançadas em compartimentos ambientais. A análise dos limites da Resolução CONAMA 498/20 mostrou uma pontuação de impacto (PI) pelo menos 5 ordens de grandeza maior para o cenário de avaliação ecotoxicológica do que para os demais, sendo o elemento zinco o principal representante desta categoria (48,2%). O mercúrio responde por 54% do potencial de impacto toxicológico humano no cenário mais crítico dentre os avaliados. A análise dos lodos reforçou os resultados da avaliação do documento legal, levando ao entendimento de que limites como os do zinco, mercúrio, cromo e outros poderiam ser mais restritivos para garantir maior segurança ecológica e humana à prática da reciclagem; também foram apontadas substâncias potencialmente impactantes e sem monitoramento legal, como ferro e alumínio. Ademais, foi possível estabelecer relação entre as características do sistema de esgotamento sanitário de uma ETE e levantar alternativas e diretrizes que possam contribuir para a produção de um lodo mais próprio para a conversão em biossólidos e posterior reciclagem em solos |