Potencial de uso de biossólidos para fins de recuperação de áreas degradadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Hoffmann, Ricardo Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química,
Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RAD
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1626
Resumo: Os biossólidos são produtos orgânicos originados a partir do sistema de tratamento de esgotos, e que possuem na sua constituição matéria orgânica e nutrientes, o que os qualifica como insumos alternativos para uso em recuperação de áreas degradadas. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o emprego de biossólidos na recuperação de solos de áreas degradadas. Ensaios de campo e de casa de vegetação foram conduzidos. No campo, em solo degradado, foram montadas 20 parcelas, que receberam aplicação de cinco doses (0, 50, 100, 200 e 400 t ha-1) de biossólido, com quatro repetições. Aos 30, 90, 180, 270 e 360 dias, amostras foram coletadas para a avaliação da densidade do solo (Ds) e de partículas (Dp), micro (Mi), macro (Ma) e porosidade total (Pt) do solo, estabilidade de agregados (DMG e DMP), argila dispersa em água (ADA), condutividade hidráulica (CH), teor de carbono orgânico (C) e nitrogênio (N) total, nitrato, amônio, teores de C e N da biomassa microbiana, quantidade e teores de C e N da matéria orgânica leve, teores de C e N das substâncias húmicas e a regeneração da cobertura vegetal. Adicionalmente, amostras das parcelas foram coletadas para a avaliação da evolução de C-CO2 em laboratório. Em casa de vegetação, amostras de três solos representativos do Distrito Federal (Latossolo Vermelho Amarelo, Latossolo Vermelho e Cambissolo Háplico) foram dispostas em colunas de PVC e receberam as mesmas doses de biossólido do experimento de campo, e a evolução de C-CO2 foi avaliada regularmente por cinco meses. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, seguida de análise de regressão, a 10 % de probabilidade. As doses de biossólido não afetaram, no período de um ano, os valores de Pt, Mi, Ma, DMP, DMG e ADA, mas proporcionaram diferenças nos teores de carbono orgânico no solo e nos valores de Ds, Dp e CH. A partir de 50 dias, a cobertura vegetal foi incrementada com a incorporação de biossólido ao solo. O C e N totais da biomassa microbiana e da matéria orgânica leve no solo responderam ao incremento das doses de biossólido; o nitrato e amônio tiveram seus teores reduzidos com o passar do tempo e, a humina foi a fração que mais acumulou C e N. Diferenças na evolução de C-CO2 foram observadas em resposta às doses de biossólido aplicadas e incorporadas em condição de campo em todos os períodos avaliados. No experimento de casa de vegetação, as doses incorporadas também provocaram aumento na evolução de C-CO2 em todas as classes de solo analisadas, sem grandes diferenças entre elas, tendo em vista a homogeneidade de granulometria (< 4 mm) utilizada nas colunas. De uma forma geral, a aplicação de biossólidos incrementou a regeneração da cobertura vegetal do solo da área degradada, proporcionou ganhos nos teores de C e N do solo, não influenciando as características físicas analisadas, mas promovendo o aumento da evolução de CO2.