Codificação automática das causas de morte e seleção da causa básica de morte: a adaptação para o Brasil do software Iris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Martins, Renata Cristófani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-21082012-151114/
Resumo: Introdução - Uma das formas de se aumentar a qualidade das informações sobre causas de morte é automatizar o processo de sua elaboração. O software Iris é um dos mecanismos disponíveis para esse fim. Suas principais características é que ele segue as regras internacionais de mortalidade e ele é independente de idioma. Objetivo - Elaborar para o Iris um dicionário na língua portuguesa e avaliar a sua completitude para a codificação das causas de morte. Método - O dicionário criado com dados do arquivo eletrônico do volume 1 da CID-10 e com o Tesauro da Classificação Internacional de Atenção Primária. Foi utilizado o Iris V4.0.34 e, como codificação manual, o que o Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo escreveu nas declarações de óbito. Caso o Iris não codificasse as causas de morte, ajustes eram feitos no dicionário ou na tabela de padronização. Resultado - O Iris é capaz de codificar as causas de morte e selecionar a causa básica de morte, ambas automaticamente, é um software recente que está em constantes adequações, é independente de idioma e para usá-lo em cada país é necessário realizar somente um dicionário de causas de morte. No teste para avaliação da primeira versão do dicionário em português, o Iris apresentou um desempenho satisfatório. Foi capaz de codificar diretamente 50,6 por cento das declarações de óbito e, após ajustes e acréscimos no dicionário e na tabela de padronização, o software codificou todas as linhas em 94,44 por cento das declarações. Das declarações não codificadas completamente 89,19 por cento delas tinham algum diagnóstico contido no capítulo XX da CID-10. O Iris apresentou 63,1 por cento de concordância nas declarações de óbito pareadas considerando todas as causas de morte com códigos completos de 4 caracteres da CID-10. Conclusão - A realização dos ajustes no dicionário ou na padronização faz parte do processo de desenvolvimento do dicionário e que esse processo é continuo. Com as novas versões do Iris e atualizações e aprimoramento da codificação das causas externas, avanços serão feitos para que ele seja mais compatível com a realidade brasileira. Somado a isso, as futuras versões do Iris com um dicionário mais desenvolvido podem satisfazer as necessidades de codificação automática e melhorar a precisão dos dados de causa morte paras estudos de saúde pública.