Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Goes, Maria Lívia Nobre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-28092023-112801/
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Resumo: |
Este trabalho investiga as relações entre teatro e luta armada em São Paulo entre 1968 e 1970, período que compreende o início, o auge e o declínio das ações de guerrilha na cidade. São analisadas quatro experiências artísticas: Os fuzis da dona Tereza Carrar, uma montagem do Teatro dos Universitários de São Paulo de 1968, dirigida por Flávio Império, que parte de uma peça de Bertolt Brecht para convocar o público a aderir à resistência ativa contra a ditadura; a Primeira Feira Paulista de Opinião, um espetáculo mural, do mesmo ano, que reúne representantes das principais tendências da cena politizada, sob direção de Augusto Boal, e coloca o dilema da luta armada a partir da perspectiva do campo da cultura; o teatro jornal, conjunto de técnicas desenvolvidas por Boal com o Núcleo Independente em 1970, que faz uso simbólico de algumas estratégias da luta armada e se apresenta como meio para a ação política; e os experimentos teatrais realizados no mesmo ano por um grupo de militantes recolhidas no Presídio Tiradentes com a condução da diretora Heleny Guariba, encarcerada por sua militância na Vanguarda Popular Revolucionária. As ações que elas produzem indicam, da prisão, relações estabelecidas nos palcos e nas ruas entre o teatro e a guerrilha. O estudo examina essas relações em seus temas, formas e modo de produção e procura compreender como o teatro foi influenciado pelo imaginário da militância política, algo que repercute na radicalização do público estudantil dos espetáculos, talvez o maior vínculo entre o teatro e a guerrilha. |