Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Raissa Sansoni do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-29062021-141559/
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Resumo: |
As pectinas são fibras dietéticas solúveis que podem apresentar atividade antitumoral ao se ligarem à proteína pró-metastática galectina-3 (GAL-3) produzidas por células cancerosas. Essa ligação e a consequente inibição da GAL-3 reduz a capacidade das células cancerosas de se comunicarem bioquimicamente, levando a uma diminuição da proliferação celular. O presente projeto teve por objetivo estabelecer a relação entre a composição química das pectinas de chuchu, mamão e maracujá não modificadas e modificadas quimicamente com possíveis efeitos benéficos sobre o cultivo de células de câncer epitelial de cólon. Durante a execução do projeto, foram realizados experimentos para extrair, purificar e caracterizar quimicamente frações de polissacarídeos não-amido hidrossolúveis não modificados e modificados de chuchu, mamão e maracujá. Essas frações foram testadas quanto à pureza (presença de proteínas e compostos fenólicos) e quanto à afinidade à GAL-3 humana recombinante, além de testes em culturas de células de câncer colorretal, avaliando a ação dos tratamentos na viabilidade celular, no ciclo celular, apoptose e na expressão de genes. O estudo da possível interação da GAL-3 com determinados ligantes foi realizado através do teste de hemaglutinação utilizando hemácias de coelho comercialmente disponíveis; a resposta biológica in vitro em relação ao tratamento de células de câncer epitelial de cólon foi realizada através da análise da viabilidade celular pelo ensaio de MTT. A citometria de fluxo mostrou que as pectinas modificadas provocaram a parada do ciclo na fase G1 e induziram a apoptose tardia nas células. A expressão de genes relacionados com a apoptose, regulação, migração, diferenciação e proliferação celular foi feira por qPCR e os resultados se mostraram diferentes, dependendo do tipo de fração péctica e da linhagem celular analisada. As frações de polissacarídeos que foram modificadas quimicamente apresentaram tamanho molecular médio reduzido, resultando em uma maior liberação de galacturonanos e um maior potencial inibitório de GAL-3. Observou-se também uma menor manutenção da viabilidade celular em células tumorais epiteliais colorretais (linhagens celulares HCT-116 e HT-29), além do efeito citostático dos tratamentos no ciclo celular e indução de apoptose tardia. Esses efeitos biológicos positivos podem ser consequência da diminuição do peso molecular e da presença de galactanos, mostrando que a modificação química de polissacarídeos não-amido de frutos pode aumentar a atividade biológica in vitro em culturas de células de câncer de cólon. |