Avaliação da atividade imunomoduladora das pectinas in natura e modificadas obtidas de goiabas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Janayra Maris
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-03122020-024731/
Resumo: As pectinas presentes nas frutas, assim como sua versão modificada, estão entre as biomoléculas mais promissoras no campo da imunomodulação. Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial imunomodulador de pectinas obtidas de goiabas verdes e maduras, bem como suas versões modificadas. As goiabas cv. Tailandesas foram avaliadas ao longo do amadurecimento, sendo acompanhadas as alterações da cor da polpa e casca, firmeza, produção de etileno e respiração, perda de massa e o teor de açúcares solúveis. Após a caracterização dos frutos, foram extraídas as pectinas e estas foram caracterizadas quanto ao conteúdo monossacarídico, peso molecular, presença de oligossacarídeos e grau de esterificação. As pectinas in natura de goiaba madura e verde, bem como a versão modificada desta última apresentaram frações de alto e baixo peso molecular, alta proporção de ácido galacturônico e alto teor de esterificação. Por outro lado, as pectinas modificadas derivadas de goiaba madura apresentaram maior desesterificação, com perda de frações de menor peso molecular, menor proporção de ácido galacturônico e baixo teor de esterificação. As pectinas foram incubadas com células THP-1 e RAW 264.7, e apesar da alta viabilidade celular e ausência de efeito citotóxico, resultou em expressiva produção de espécies reativas de oxigênio. De modo geral, as pectinas in natura de goiaba verde e madura, e pectina modificada de goiaba verde promoveram estímulo da produção de citocinas diversas, em especial inflamatórias, como IL-1β, IL-12, CCL5, CXCL10 e CXCL9, para células THP-1 e IL-10 (antiinflamatória), TNF-α e MCP-1, demonstrando seu potencial imunomodulador, já para células RAW 264.7 as pectinas estimularam a produção de IL-10, TNF-α e MCP-1, demonstrando seu potencial imunomodulador. A pectina modificada derivada da goiaba madura não promoveu a indução significativa de nenhuma citocina. Estes resultados sugerem que as pectinas obtidas a partir de goiabas têm potencial imunomodulador e devem ser estudadas em outros modelos celulares e / ou em concentrações mais altas e modelos in vivo, para que esses benefícios possam realmente ser comprovados.