Análise da associação entre as densidades mamárias macroscópica e mamográfica em pacientes candidatas à cirurgia conservadora para câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Reis, Yedda Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-09082021-124841/
Resumo: Introdução: A classificação de densidade mamográfica modificou-se ao longo das últimas décadas. Dentre os cinco principais padrões de classificação da densidade mamária de acordo com a mamografia, o modelo atualmente mais adotado é aquele do ACR-BI-RADS®. A alta densidade mamária na mamografia está associada ao risco de câncer de mama e redução da sensibilidade para detecção de tumores. Entretanto, o estudo da densidade mamária e sua correlação dos padrões radiológicos com a anatomia patológica é um campo pouco explorado e heterogêneo na literatura. Objetivo: O objetivo desse estudo é avaliar a correspondência da densidade mamográfica (DMG) e a densidade mamária macroscópica (DMM) na anatomia patológica, assim como a associação entre DMM e características clínicas e tumorais. Métodos: Análise post-hoc do estudo BREAST-MRI, realizado de novembro de 2014 a outubro de 2018. Critérios de inclusão: carcinoma invasivo ou carcinoma in situ de mama em mulheres acima de 18 anos, submetidas à tripla avaliação (exame físico, mamografia e ultrassonografia), candidatas à cirurgia conservadora. A DMM foi definida como inversamente proporcional à porcentagem de gordura peritumoral na análise macroscópica do setor mamário, sendo então classificada de maneira análoga ao ACR-BI-RADS® (A, B, C ou D). Resultados: 431 pacientes foram incluídas na análise de DMM. A classificação das mamas por DMM foi distribuída da seguinte forma: 303 (70,3%) A, 85 (19,7%) B, 36 (8,4%) C e 7 (1,6%) D. Houve diferença na distribuição entre os achados de DMG e DMM de acordo com a classificação ACR-BI-RADS®, sendo que as DMM A, B, C e D tiveram a correspondência no ACR-BIRADS mamográfico em 22/24 (91,7%) mamas A, 34/187(18,2%) mamas B, 26/199 (13,1%) mamas C, e 1/21 (4,8%) mama D, respectivamente (p < 0.001). As mamas com maior teor de gordura na análise macroscópica eram de pacientes mais velhas, com maior IMC, multíparas e na menopausa (p 0.001). Não houve diferença entre os grupos em relação ao histórico de terapia hormonal, estádio clínico, imuno-histoquímica e peso da peça cirúrgica. Conclusão: Houve diferença na distribuição entre os achados de densidade mamográfica e densidade mamária macroscópica, de acordo com BIRADS. Pacientes mais velhas, com maior IMC, multíparas e menopausas apresentaram mamas com maior teor de gordura na peça cirúrgica