Impacto do rastreamento sobre a mortalidade pelo câncer de mama no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Magario, Marcos Benini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-12082019-133855/
Resumo: Introdução: O câncer de mama corresponde a 28,1% dos casos de neoplasia maligna na mulher. O aumento na cobertura dos rastreamentos, melhorias nos fluxos hierarquizados de atendimento e notáveis avanços no conhecimento da biologia tumoral têm permitido expressivas quedas na mortalidade nos países desenvolvidos. No estado de São Paulo, existem dados disponíveis para se estimar a evolução da cobertura mamográfica e variáveis relativas ao cancer de mama a partir do ano 2000. Objetivo: Avaliar a eficácia da mamografia no aumento da proporção de tumores localizados de câncer de mama e redução do risco de morte por câncer de mama no contexto de triagem oportunista. Métodos: Realizamos a coleta de dados de fontes públicas de todos os casos registrados no estado de São Paulo sobre câncer de mama e mortalidade registrada. Os dados sobre história médica, diagnóstico, terapia e acompanhamento de todos os pacientes submetidos ao sistema de saúde do estado de São Paulo (FOSP-FUNDAÇÃO ONCOCENTRO DE SÃO PAULO) por câncer de mama primário, foram documentados retrospectivamente, no total de 42.850 mulheres, com idade entre 50 e 69 anos, diagnosticadas de 2000 a 2016 e dados de três pesquisas sobre cobertura mamográfica aplicadas em 2003, 2008 e 2013. As principais medidas de desfecho foram cobertura mamográfica, tendências de distribuição de etádios e estimativas da mortalidade por câncer de mama. Resultados: A cobertura de mamografia bianual aumentou de 62,4% em 2003 para 73,9% em 2013. Houve um aumento de 6,9% na proporção de tumores in situ de 2000 a 2016 e um aumento de 6% na proporção de tumores localizados entre 2000 e 2006 sem mais mudanças substanciais após. O risco de morte por câncer de mama em 5 anos teve um decréscimo mínimo de 25,9% em 2000-2002 para 22,5% em 2003-2005, sem alterações após. Conclusão: A estratégia de aumentar a cobertura de mamografia, em um contexto de rastreamento oportunista do câncer de mama, é limitada em conseguir uma redução substancial da mortalidade por câncer de mam