Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Zampa, Hugo Bizetto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-03052022-153033/
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Resumo: |
Introdução. A Doença de Chagas (DC) é condição clínica com amplo espectro de apresentação, com incidência e prevalência consideráveis em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Sabe-se que a fibrose miocárdica (FM) identificada pela sequência de realce tardio (RT) à ressonância magnética cardíaca (RMC), é fator de risco para pior prognóstico em diversas cardiomiopatias, inclusive na DC. Porém, ainda não se tem dados se há ou não evolução da fibrose miocárdica em pacientes com sorologia positiva para DC e se esta evolução está relacionada a desfechos clínicos. Objetivos. Avaliar a extensão e progressão da fibrose miocárdica em exames seriados de RMC em pacientes com duas sorologias positivas para DC. Métodos. Selecionados pacientes que já haviam previamente realizado um exame RMC, sendo repetido novo exame de RMC em intervalo mínimo de 01 ano. A análise das características clínicas, monitorização Holter 24 horas, eletrocardiograma ao repouso e radiografia de tórax foi realizada a partir dos prontuários dos pacientes incluídos. Resultados. Incluídos 30 pacientes, a maioria mulher (60%), com mediana de idade de 62 anos. Os exames foram realizados com um intervalo de 29 meses (13 a 49 meses). Os pacientes apresentavam-se clinicamente estáveis, sem sinais de insuficiência cardíaca descompensada, sob tratamento clínico otimizado, sem alteração na incidência para arritmias ao Holter 24 horas ou alterações eletrocardiográficas ao repouso entre o primeiro e segundo exames (p>0,05). Das variáveis analisadas à RMC, houve aumento da massa ventricular esquerda (de 72g para 82g, p=0,01) e do RT (de 3,0g para 3,8g, p<0,01) entre os dois exames. Em relação a subgrupos, observou-se progressão do RT de forma significativa nos pacientes com DC nas formas arritmogênica (3,0g para 5,7g, p<0,05) e pacientes com fração de ejeção (FE) reduzida (9,0g para 17g, p<0,05). A evolução do RT em pacientes com a forma indeterminada da DC apresentou-se com tendência à relevância estatística (1,0g para 2,4g, p=0,05). Conclusão. Houve progressão da FM em pacientes com sorologia positiva para DC, em especial naqueles com forma arritmogênica da doença e com FE reduzida. Tal observação pode auxiliar no melhor acompanhamento desses pacientes. |