Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Chagas, Adriana Aparecida Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-30012017-105412/
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Resumo: |
Frente a reconhecida importância da Teoria da Evolução por Seleção Natural como um tema central na compreensão dos fenômenos biológicos pelos cidadãos, tem sido dada grande atenção à sua inserção no ensino. Um crescente número de pesquisas, tanto na educação formal quanto não formal, tem buscado entender como ocorre o ensino e aprendizagem do tema, quais os obstáculos envolvidos e como os indivíduos compreendem os conceitos evolutivos. No que tange os museus de ciências, pesquisas sobre as concepções de público acerca da Evolução são desenvolvidas principalmente nos cenários europeus e estadunidenses. No contexto nacional, são escassas aquelas que buscam compreender as interações entre públicos e instituição e que poderiam subsidiar o desenvolvimento de atividades educativas para o ensino de Evolução em nossos museus. O presente trabalho buscou investigar como o público da exposição \"Do macaco ao Homem\", apresentada no Catavento Cultural e Educacional, na capital paulista, significa os conceitos evolutivos em suas interações em uma Atividade de Visita, frente aos possíveis obstáculos a esse processo. Com o aporte teórico da Teoria da Atividade, cujo foco de análise se localiza na importância das tensões e contradições dos Sistemas de Atividade para o surgimento e desenvolvimento de Ciclos Expansivos de Aprendizagem, buscou-se compreender como os obstáculos ao ensino de Evolução podem se constituir como oportunidades para o desenvolvimento desses Ciclos na Atividade de Visita. A análise correspondeu, em um nível macro, à caracterização das atividades de concepção, de formação de mediadores e de mediação a fim de compreender como este Sistema de Atividades em interação estruturam a Atividade de Visita. O nível micro se realizou pela categorização das interações conversacionais entre mediadores e visitantes em cinco visitas, a partir dos obstáculos ao ensino e aprendizagem de Evolução levantados pela literatura, bem como de elementos emergentes dos dados coletados. As principais contradições foram localizadas a nível das percepções, concepções e valores dos sujeitos sobre a exposição e a práxis de mediação. Percebeu-se que as escolhas na concepção da exposição e do setor educativo culminaram em uma estrutura da Atividade de Visita que, regulada principalmente pelos valores de mediação no âmbito de suas regras, privilegia a centralidade do discurso do mediador. Foi possível observar o surgimento de Ciclos Expansivos de Aprendizagem a partir de tensões no âmbito dos recursos expográficos, interrompidos por conflitos na significação dos conceitos de variabilidade e de espécie tanto por parte da visitante quanto do mediador. Salientamos, assim, a importância do mediador e da concepção expográfica no desenvolvimento de Ciclos inteiros, tomando os obstáculos como oportunidades no desenvolvimento de abstrações teóricas acerca dos processos evolutivos. Acreditamos que a compreensão das questões levantadas no âmbito desta pesquisa pode ajudar a orientar o desenvolvimento de estratégias para a mediação de temáticas evolutivas em exposições museais. Como contribuição deste trabalho, apresentamos uma categorização de elementos com potencial para promover tensões na Atividade de Visita. |