Patrimônio histórico, memória e turismo: o legado da Força Expedicionária Brasileira. Uma reconstrução possível?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Amorim, Mariana Moreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
FEB
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-29012018-210146/
Resumo: A II Guerra Mundial foi um conflito de proporções únicas, deixando remanescentes materiais e imateriais em todos os países envolvidos. No Brasil, sua herança se apresenta principalmente através da participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Apesar de conquistar vitórias importantes contra um regime ditatorial, o grupo foi desfeito antes mesmo do retorno ao Brasil, o que levou os combatentes do heroísmo ao esquecimento rapidamente. A exclusão e a desvalorização que sofreram por parte do governo e do Exército causaram trauma e ressentimento nos veteranos, que hoje temem que a falta de apoio e interesse levem sua história ao completo esquecimento. Este trabalho tem como objetivos entender qual o impacto desta desvalorização no que se sabe sobre a FEB atualmente e identificar o que o público em geral da cidade de São Paulo e, mais especificamente, os professores de história da rede pública, conhecem sobre o grupo. Visa ainda apresentar casos em que o Turismo Cultural, através do patrimônio histórico, tenha sido utilizado como instrumento de reconstrução da memória de grupos desvalorizados, cujos modelos possam ser aplicados aos remanescentes da FEB. Para isso, foram feitos estudos documentais, entrevistas quantitativas com o público em geral e qualitativas com os professores de história. Através das pesquisas e entrevistas realizadas, foi concluído que os professores de história não têm conhecimento aprofundado sobre a FEB e, consequentemente, o assunto é reproduzido superficialmente aos alunos em sala de aula, o que justifica o fato de a maior parte do público em geral não conhecer o grupo. Observou-se que a omissão de sua história, de seus feitos e de suas tradições pelos detentores de poder, numa tentativa de manter o regime ditatorial vigente e a estrutura do Exército, fizeram com que o grupo passasse a ser historicamente invisível. Ao estudar casos em que o Turismo Cultural foi utilizado como instrumento para reconstrução da memória de grupos desvalorizados, conclui-se que as mesmas estratégias podem ser utilizadas para a reconstrução da memória da FEB